Amigos se despedem de brasileiro condenado à morte

Alegre, muito brincalhão, com um coração enorme. É essa a lembrança que um dos amigos do brasileiro Marco Archer Cardoso tem do ex-instrutor de voo de 53 anos, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas.

Preso em 2003, ao entrar no país com 13,4 quilos de cocaína escondidos em tubos de uma asa-delta, e sentenciado à execução em 2004, o carioca deve ser morto a tiros no domingo (18) - anteriormente, o fuzilamento aconteceria no sábado (17). Ele será o primeiro brasileiro a ser executado no exterior e o primeiro ocidental a receber uma pena do gênero na Indonésia.

Já outro amigo de Marco, que não quis se identificar, contou que o ex-instrutor possuía caráter extrovertido. "O Marco parava para ajudar qualquer um. Realmente, só tenho palavras elogiosas ao Curumim", afirmou o amigo. "Eu acho que tudo isso foi em função do acidente que aconteceu e o único meio que, infelizmente, ele encontrou, foi esse. Sinceramente, eu conheço o Marco desde que ele era garotinho, a gente tem uns seis anos de diferença. Nunca vi o Marco envolvido com droga".

O amigo de Marco se refere a uma queda de parapente sofrida por Marco em Bali, uma das ilhas do país, em 1997. Na época de sua prisão, o brasileiro alegou que fez o transporte da droga para pagar as contas do hospital. "Ele, dentro da cabeça dele, precisava pagar todos aqueles que o ajudaram, porque nunca ninguém cobrou, em especial uma pessoa maravilhosa, que salvou a vida dele", afirmou o amigo.

Outro brasileiro condenado à morte na Indonésia é Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos. Também preso por tráfico de drogas, ele teve o pedido de clemência rejeitado pelo presidente Joko Widodo e não há mais impedimentos legais para a execução.

(DOL, com informações da Band News FM)