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GASTRONOMIA

Campeão do Masterchef traz para Belém o menu campeão

Nascido em Minas Gerais, o campeão da segunda temporada do “Masterchef Brasil Profissionais” (Band/RBA TV), Pablo Oazen, define sua cozinha como “mineiroca”, valorizando a cultura de seu estado e uma paixão por ingredientes que vêm do mar, como a cozinha

Nascido em Minas Gerais, o campeão da segunda temporada do “Masterchef Brasil Profissionais” (Band/RBA TV), Pablo Oazen, define sua cozinha como “mineiroca”, valorizando a cultura de seu estado e uma paixão por ingredientes que vêm do mar, como a cozinha carioca. Para mostrar um pouco dos sabores que alcança com esta combinação, trouxe para Belém o menu vencedor do reality, chamado “Do Lixo ao Luxo”: primeira entrada nhoque de fígado de frango e consommé de ameixa preta; segunda entrada creme de agrião, mexilhão e flores comestíveis; primeiro prato principal língua com cenourinhas orgânicas glaceadas e pistache; segundo prato principal truta de castanha, pupunha, ovas de salmão e pancs; primeira sobremesa sorvete de goiabada, creme de goiabada com gergelim, crumble de castanha-do-pará, queijo canastra e requeijão; e segunda sobremesa espuma de doce de leite, telha de café e sorvete de pão na chapa.

Em entrevista ao Você, o chef destaca que levar esse menu pelo país é uma forma de aproximar o público do programa. “O ‘Masterchef’ foi muito bom pra mim e eu vi o quanto ele mexe com as pessoas. Os jantares em Belém foram lotados e todos se mostraram muito curiosos sobre como foi participar do reality”, conta.

Passeando pelo país como o recente campeão do programa, Pablo conta que tem sido mais descontraído refazer os pratos de seu menu vencedor sem a pressão como ingrediente. “Não tem o Fogaça, a Paola, o Jacquin, e o resto do Brasil inteiro me olhando (risos)!”, brinca. A sobremesa de goiaba tem feito sucesso por onde passa, assim como o nhoque. “Ele deu errado no programa, mas agora a gente acertou a receita”, garante. O prato que mais surpreende é a língua, cujo segredo está no uso de uma receita clássica, a blanquette. “Você cozinha a carne no caldo da própria carne, coloca creme de leite, suco de limão e vários legumes”, ensina.

O mesmo jantar que ocorreu na capital paraense está agendado em Campo Grande, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Curitiba. “Mais do que tudo, esses jantares são colocar o prato à prova para mais pessoas. No ‘Masterchef’ só três provaram”, diz Pablo Oazen. E, assim como os jurados do programa, o público dá sua crítica. Em Belém, por exemplo, o chef destacou que a truta, presente em um dos seus pratos, não agradou muito por aqui.

“Vocês têm peixes maravilhosos, então é realmente difícil comparar uma truta de criação com um filhote, uma pescada, reconheço isso”, diz ele. Mesmo assim, brincar com a cozinha e trazer novos sabores é uma das funções dos chefs e Pablo destaca que prefere fazer essa ponte para novos sabores do que tentar combinar sua cozinha aos ingredientes paraenses.

“Hoje já tem grandes chefs aqui – Paulo Anijar, Thiago Castanho, Daniela Martins, Ângela Sicilia – que pegam produtos daqui e dão uma cara diferente, não precisa um chef de fora para fazer isso. O objetivo desse jantar é realmente trazer a minha cozinha para as pessoas daqui conhecerem algo novo”, comenta.

SEM LIMITES

Não foi simples o caminho de Pablo Oazen até a cozinha e o que gostaria de cozinhar. Formado em Turismo e Hotelaria, ele se apaixonou por gastronomia após estagiar no restaurante de um hotel em Portugal, sendo a adrenalina o primeiro tempero dessa paixão.

“A cozinha tem essa coisa de todo mundo trabalhando junto, a pressão, e isso é muito gostoso”, afirma o chef. Do primeiro estágio partiu também para restaurantes estrelados da França, Espanha e do Brasil, incluindo um período de quatro meses no restaurante de Érick Jacquin, em São Paulo.

“Eu havia estagiado no Au Comte de Gascogne, na França, onde ele trabalhava quando ganhou sua primeira estrela Michelin. Quando viu isso no meu currículo, ele me chamou e disse: ‘se você aguentou o Gascogne, aguenta trabalhar comigo’. Mal sabe ele que várias vezes eu saí do restaurante chorando, dizendo ‘não vou voltar’”, conta Pablo, que ainda passou por momentos difíceis em São Paulo. “Eu morava em um quartinho, fiquei um mês dormindo em um colchão no chão. Lembro que o Jacquim me deu uma televisão, porque eu não tinha”, recorda.

E foi só na volta para Juiz de Fora, interior de Minas, que ele chegou à conclusão do que gostaria que fosse a sua cozinha, montando na cidade o Garagem Gastrobar. O empreendimento já dura cinco anos e se fortaleceu com a participação do cozinheiro no “Masterchef”, mostrando seu potencial criativo inspirado na cultura mineira, mas sem se ater a território. “Eu não acredito que você consiga limitar uma cozinha pelos limites geográficos”, afirma.

“O cara no norte de Minas come carne de sol, muita farinha e você vai dizer isso é baiano, nordestino? Eu não acredito nisso. Então a minha cozinha é uma cozinha de produto mineiro, mas com essas influências e que eu chamo de cozinha ‘mineiroca’, porque o juiz forano, em Minas, é visto como o carioca do brejo”, explica.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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