Já imaginou ter verrugas no intestino? Por mais estranho que possa parecer, esse tipo de problema é algo muito comum. As verrugas também são conhecidas como pólipos, uma lesão formada pelo crescimento desigual dos tecidos na parede de órgãos como o intestino grosso. Para se ter uma ideia, cerca de 40% das pessoas acima dos 50 anos apresentam as lesões. A grande preocupação é que o pólipo pode evoluir para um câncer colorretal que é o terceiro tipo mais frequente de câncer em homens e o segundo entre as mulheres.
O tumor no intestino evolui de forma lenta e, na fase inicial, não apresenta sintomas. Por isso, o mais indicado é a realização de exames de rastreamento para prevenção. da doença. A partir dos 45 a 50 anos, é indicado que todos os pacientes façam anualmente uma colonoscopia, exame de imagem que rastreia possíveis doenças no intestino. O procedimento é feito por um aparelho sofisticado, tipo uma sonda, chamada de colonoscópio, que é introduzida pelo ânus e conduzida até o intestino grosso. O exame é feito por um especialista em endoscopia gastrointestinal. “Entre as colonoscopias realizadas em nossos pacientes são encontrados pólipos em até 40% dos casos, explica o Dr. Artur Parada, coordenador do serviço de Endoscopia Gastrointestinal do H9J.
Imagem: Reprodução
Como o tema gera muitas dúvidas, listamos abaixo as principais questões sobre pólipos. Confira a explicação do Dr. Parada:
“Afinal, porque essas verrugas nascem?”
A maioria dos pólipos nascem de alterações genéticas em algumas células que passam a proliferar. Eles podem ter o formato de um “cogumelo” ou serem planos, como uma verruga plana, pouco elevada. A grande maioria dos pólipos são assintomáticos. Mas existem casos em que podem gerar dores abdominais, prisão de ventre, anemias, emagrecimento rápido e sensação de evacuação incompleta.
“É verdade que o pólipo pode virar câncer?”
Sim. Segundo o Dr. Parada, a lesão pode demorar de 5 a 10 anos para virar um tumor. “Quanto maior o pólipo, maior o risco de a lesão tornar-se um câncer”, esclarece o médico.
“O pólipo pode ocorrer em todas as idades?”
O grupo mais afetado são os idosos ou pessoas que já tiveram pólipos, câncer e doenças inflamatórias de longa duração. Outros grupos de risco são os fumantes, obesos e sedentários.
“Depois do diagnóstico, o que deve ser feito?”
O Dr. Parada explica que, atualmente, cerca de 95% dos pólipos são removidos completamente por colonoscopia. Já no caso de pólipos múltiplos, grandes, de difícil acesso ou que se tornaram tumores, são indicadas ressecções cirúrgicas.
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“Além da colonoscopia, existem outros exames para detectar os pólipos?”
Outros exames, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e eventualmente a cápsula de cólon, que funciona como uma microcâmera que atravessa o intestino fotografando-o, podem ser indicados.
“Como pode ser feita a prevenção?”
Hábitos saudáveis como não fumar, e aliar a prática de exercícios físicos à uma alimentação saudável diminuem os riscos da doença. Além disso, fazer o acompanhamento médico é essencial.
(Com informações da Assessoria)
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