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'Sugar dating' reúne homens que querem companhia e mulheres em busca de luxo

Imagine uma pessoa jovem, atraente e que procure um relacionamento com alguém rico, bem sucedido, educado e disposto a proporcionar tudo o que a vida tem de melhor. Agora imagine que esse “príncipe encantado” (ou princesa) existe e também está disposto a

Imagine uma pessoa jovem, atraente e que procure um relacionamento com alguém rico, bem sucedido, educado e disposto a proporcionar tudo o que a vida tem de melhor. Agora imagine que esse “príncipe encantado” (ou princesa) existe e também está disposto a encontrar esse alguém mais novo, sem se importar em dar tudo do bom e do melhor em troca de um relacionamento prazeroso e às claras para ambos, baseado no interesse mútuo. Esse tipo de busca é cada vez mais comum e, quando “dá match”, se caracteriza como sugar dating ou “namoro de açúcar”, na tradução literal.

No relacionamento sugar, a pessoa mais velha e bem sucedida, recebe a alcunha de sugar daddie (homem) ou sugar mommy (mulher), enquanto os jovens em busca desse relacionamento abastado, disposto a bancar o outro lado, é o sugar baby. Para facilitar esse encontro de gente que quer passar longe daquelas fases de conquista de um namoro comum e tem pressa, existem sites e aplicativos específicos.

Em um desses sites e aplicativos, o Universo Sugar, que conta com 1.788 sugar babies e 972 sugar daddies e sugar moms somente no Pará, a porta voz da plataforma, Anne Viana, explica que o “namoro doce” passa longe da prostituição, visto que cobrar para ser acompanhante é proibido nas políticas contratuais de quem se associa à plataforma.

“A relação afetiva é consequência dessa união. Como os animais em natureza selvagem, que mostram o tempo todo a sua força e beleza, os humanos também precisam evidenciar quem são, para se destacar em sociedade. Assim, se comporta o homem que banca uma mulher atraente para estar ao seu lado. E a pessoa que desfruta o estilo de vida oferecido por ele”, destaca.

Segundo Anne, o surgimento dessas plataformas de relacionamento está diretamente relacionado ao comportamento do brasileiro na busca por um parceiro. “É um público ativo nos aplicativos de paquera. Isso, somado a necessidade que temos de expor os melhores momentos nas redes sociais. A plataforma foi criada para oferecer antes de tudo um estilo de vida melhor para os utilizadores”, defende, sobre a ostentação dos enamorados, com viagens, passeios de lancha e outros luxos ostentados na web.

QUEM SÃO

Encontrar um sugar daddie disposto a aparecer em público é um desafio, mas o perfil desse homem é de fazer inveja em tempos de crise econômica. Um administrador de empresas se cadastrou em um desses sites. Na ficha à disposição das babies, informa que mora em Belém, tem 39 anos, renda mensal de R$ 40 mil, um patrimônio avaliado em R$ 500 mil, bebe socialmente, é divorciado e tem um filho.

Para atrair o interesse, conta “ser um cara legal em busca de uma namorada ou amiga”, além de ter disposição para viajar o mundo inteiro. Já um advogado informa ter 41 anos, ser “alguém legal e solteiro”, com renda mensal de R$ 500 mil e patrimônio de R$ 2 milhões. Na busca por sua sugar baby, avisa que raramente faz uso de bebidas alcoólicas, mas que está acima do peso.

Em chats voltados para esse relacionamento, a reportagem entrou se passando por uma sugar baby de 20 anos, para ter uma noção da receptividade dos “candidatos”. Em menos de cinco minutos conseguiu atrair a atenção de três “daddies”, sendo que um deles deu o contato telefônico pedindo para que fosse procurado. “Adoraria ser seu patrocínio. Você não vai se arrepender”, prometeu um deles, que se diz advogado, 35 anos.

Carla tem 19 anos, estuda em uma universidade federal e se tornou uma sugar baby em fevereiro deste ano. De lá pra cá, contabiliza dois “namoros com açúcar”. A estudante admite que apenas alguns amigos mais próximos sabem disso. “Eles falam que eu estou mais que certa”, conta, aos risos.

EXPERIÊNCIAS

Das duas experiências, a baby admite que uma foi bastante promissora. “Eu fui para São Luís (MA) com um sugar daddy de Florianópolis (SC), marcamos de nos encontrar lá, fomos para os Lençóis Maranhenses e passamos quatro dias no hotel. Eu ganhei perfume Channel, dinheiro, a viagem de avião, vinho da Argentina. Ele é auditor fiscal, tem 52 anos”, pontua.

O outro relacionamento ainda é apenas no campo virtual, por WhatsApp, mas com previsão de encontro físico em janeiro. “Nós conversamos vários dias, aí aconteceu de eu ficar sem celular. Ele mandou pra mim um Iphone, manda dinheiro também. Não me pede nada, mas a gente troca ‘nudes’, às vezes”, explica sobre o sugar daddy de São Paulo, que tem 48 anos.

Oficialmente solteira, Carla nega que os relacionamentos sejam um tipo de prostituição. “Me trouxe muito mais benefícios, troca de gentilezas. Você tem um relacionamento comum e vai rolar tudo que neste relacionamento rola, só que não sem troca de nada”, avalia. “A diferença é que você fez e recebeu. No sugar daddy, as pessoas já sabem quem estão ali para ajudar alguém financeiramente. Você conversa, se dá bem, marca um encontro, pode rolar sentimento”, observa.

PARA ENTENDER

Sugar Dating - É a expressão em língua inglesa que significa “namoro de açúcar” entre duas pessoas de idades diferentes, em que uma das partes recebe presentes, dinheiro e outros benefícios em troca da relação amorosa. Pode ser confundido com prostituição, mas se configura por uma relação estável, de interesse mútuo e prazeroso para ambos, sem cobrança para ser acompanhante.

Sugar Baby - É a pessoa da relação que recebe os benefícios proporcionados pelo dinheiro. Sente prazer em ser presenteada e, com isso, proporciona atenção maior ao parceiro.

Sugar Daddy - É o homem mais velho e bem sucedido financeiramente. Na relação, é o que proporciona os mimos para o outro, geralmente mais jovem. Se for mulher, é chamada de sugar mommy.

EM NÚMEROS

- 2.760 - moradores do Pará fazem parte, atualmente, de uma dessas plataformas de relacionamento mais utilizadas no Brasil, o site Universo Sugar. Desse total,

- 1.788 são babies e 972 daddies.

PERFIIL NACIONAL

Homens Sugar Daddies

Relacionamento - Divorciados: 38%; Casados: 26%; Comprometidos/ Aventura: 19%; Solteiros: 17%
Idade - Acima de 55 anos; 45 a 54 anos; 33 a 44 anos
Renda (R$) - Até 20 mil: 35%; De 30 a 50 mi: 43%; Acima de 100 mil: 22%

Mulheres Sugar Babies

Relacionamento - Solteiras: 51%; Comprometidas/aventura: 20%; Separadas: 16%; Casadas: 13%
Idade - 18 a 20; 21 a 25; 26 a 30; Acima de 30
Escolaridade - A maioria das sugar babies declara ter ensino médio, seguido de cursando ensino superior, superior completo e superior incompleto.

Fonte: Site Universo Sugar.

(Luiz Octávio Lucas/Diário do Pará)

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