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É alergia ou intolerância alimentar? Fique alerta aos sintomas e veja as diferenças!

Intolerância alimentar é a dificuldade que certas pessoas têm para digerir determinadas substâncias presentes nos alimentos. Apesar de ser confundida por muitas pessoas como uma alergia alimentar, são patologias diferentes, segundo a pediatra alergista e

Intolerância alimentar é a dificuldade que certas pessoas têm para digerir determinadas substâncias presentes nos alimentos. Apesar de ser confundida por muitas pessoas como uma alergia alimentar, são patologias diferentes, segundo a pediatra alergista e imunologista e professora da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Vanessa Tavares Pereira.

“As intolerâncias alimentares são reações adversas ao alimento de caráter não imunológico, podendo ser causadas por alguns fatores, como contaminação tóxica, transitória pós uma infecção viral, dentre outros. Já as alergias alimentares ocorrem devido mecanismos imunológicos e tem como característica ímpar a reprodução dos sintomas sempre que há contato com o alimento suspeito”, explica.

Especialista eslcarece diferenças entre intolerância e alergia alimentar. (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo a especialista, as intolerâncias geralmente surgem na primeira infância, sendo mais comuns nos adultos. “Estão associadas a quadros transitórios, como após uma gastroenterite, onde a mucosa gastrointestinal fica desprotegida e instala-se um quadro de intolerância transitória”, ressalta.

A pediatra alergista e imunologista destaca ainda, que não há um grupo risco específico predisposto a intolerâncias. “O que vemos na prática é que pacientes com grandes restrições dietéticas algumas vezes desnecessárias, acabam tendo um processo de Disbiose (desequilíbrio da flora intestinal), o que leva a uma intolerância alimentar”, pontua.

Intolerância alimentar mais comum

Você já deve ter ouvido alguém falar que tem intolerância a lactose. Segundo a especialista, esta é uma das mais comuns e dentre os principais sintomas que os pais devem ficar em alerta estão distensão abdominal, dores abdominais, diarreia e vômitos.

“Os alimentos mais envolvidos com a intolerância são leite, ovo, trigo, soja e crustáceos, dentre outros. Estima-se que no Brasil a incidência seja de 2,2%, quando se analisou alergia à proteína ao leite de vaca”, ressalta Vanessa.

Rotina e adaptação

Jaqueline Costa descobriu que a filha Carla Letícia Costa tinha intolerância à proteína ao leite de vaca após levá-la na urgência médica, aos quatro meses de vida.

“As fezes dela começaram a vir com sangue. Levei ela na emergência e médico de plantão logo me indicou que poderia ser intolerância a algum alimento, porque esse seria um dos sintomas. Como eu ainda amamentava, ele pediu para eu fazer uma dieta até para comprovar. Fui em um pediatra, que passou vários exames e indicou que procurasse um gastropediatra. Fizemos todos os exames para saber qual o tipo de alimento e deu que era tinha intolerância à proteína ao leite de vaca”, relembra a mãe.

Carla mantém uma alimentação saudável. (Foto: Arquivo Pessoal)

Hoje, com 1 ano e um mês, Carla segue uma alimentação saudável e longe de alimentos com conservantes. “É muito difícil encontrar um produto que não contenha a proteína do leite. Ele toma o leite específico para ele, vai na gastropediatra todo mês e sempre fazendo exames para acompanhar o grau”, explica Jaqueline.

A mãe conta ainda, que teve que mudar a alimentação por causa da filha. “Modifiquei minha alimentação porque ela me via comendo e queria comer o mesmo que eu. Então, eu tive que me adaptar a dieta dela e sempre procurar e inventar novas receitas para ela não enjoar da mesma coisa sempre”.

Para não excluir a filha de outros ambientes, como aniversário infantil, por exemplo, Jaqueline sempre leva os alimentos que a pequena pode comer.

“Eu quero que ela cresça e não se sinta excluída. Em outros ambientes sempre levo as coisas que ela pode comer. Ela acaba oferecendo para outras crianças, interage, compartilha. Eu não excluo a minha filha de nada por causa disso, ela sempre participa de tudo, mas sempre seguindo a dieta com as coisas que ela pode comer. A intolerância não é um impedimento (de uma alimentação restrita) e sim uma forma de vida mais saudável!”, destaca.

Minha filha é feliz com o que come e tem uma vivência super saudável, diz Jaqueline. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mas, afinal, dá para prevenir a intolerância alimentar? Segundo a pediatra alergista e imunologista, não há nenhuma dieta específica que previna as intolerâncias alimentares.

“O que a literatura relata, a nível de prevenção de alergia alimentar, é uma dieta da gestante rica de ácidos fracos e ômegas presentes nos peixes, parto normal e aleitamento maternos exclusivo até o 6º mês de vida”, orienta.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou mudanças nas informações de rótulos de alimentos que contêm lactose. Os itens com mais de 100 miligramas (mg) de lactose para cada 100 gramas ou mililitros do produto devem indicar esta informação no rótulo.

Desta forma, o mercado brasileiro de alimentos passará a ter em 2019, três tipos de rotulagem para a lactose: “zero lactose“ ou “baixo teor”, para os produtos cujo teor de lactose tenha sido reduzido, e “contém lactose”, nos demais alimentos com presença desse açúcar.

Diagnóstico

Como os sintomas podem ser vagos e nem sempre contínuos, é possível que demore muito tempo para descobrir a causa dos desconfortos gastrointestinais. Se você desconfia que seu filho pode ser intolerante a algo, fique de olho se existem comidas específicas que disparam os sintomas e procure um especialista.

“Com base em uma anamnese e exame físico detalhado, conseguimos chegar ao diagnóstico. O especialista mais indicado nestes casos é o gastroenterologista”, orienta.

INTOLERÂNCIA X ALERGIA

Diferente da alergia, em que os sintomas aparecem imediatamente após a ingestão do alimento, a intolerância produz efeitos mais leves, porém de igual desconforto. A intolerância alimentar pode trazer mais de 150 sintomas, que na maioria das vezes não serão associados pelas pessoas com a alimentação, passando uma vida inteira sem saber a causa dos sintomas desagradáveis.

“Ser intolerante significa que o indivíduo pode ou não ter sintomas quando ocorre a exposição ao alimento, além de depender da quantidade. Ser alérgico significa que a criança não pode ingerir o alimento suspeito, pois em alguns casos, pode ter risco de morte, por exemplo, o intolerante à lactose pode tomar leite sem lactose, enquanto que o alérgico a leite não pode tomar leite de vaca”, alerta a especialista.

Segundo o Ministério da Saúde, as alergias são mais comuns na infância, enquanto que a intolerância geralmente se manifesta em crianças maiores e adultos. Por exemplo, enquanto o intolerante pode consumir derivados de leite em quantidades pequenas sem reações, o alérgico a leite deve ter sua dieta isenta de toda e qualquer proteína do alimento.

Girlane Lourenço, mãe do pequeno Davi Henrique Lourenço, de 1 ano, passou a evitar certos alimentos depois que viu que após a ingestão, o filho ficava com os pés inchados e vermelhos.

Girlane com o filho Davi Henrique Lourenço. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Percebi isso pouco antes de começar a introdução alimentar e confirmei quando coloquei pela primeira vez na comida dele. Eu sempre comi muito tomate e percebi que os pés dele ficam todos manchados, vermelhinhos. Por isso, eu cortei o tomate até da minha alimentação, pois ele ainda mama. O suco de acerola também deixa ele todo vermelho. Dei a primeira vez o suco e logo ele apresentou uma vermelhidão no pescoço e nos pés. Depois de um tempo, dei de novo e apareceram os mesmos sintomas. Aí foi que a pediatra disse que esses alimentos são alergênicos e devem ser evitados antes de um ano”, relembra Girlane.

E você, internauta, já passou por uma situação parecida com seus filhos?

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Reportagem: Andressa Ferreira/DOL

Coordenação: Enderson Oliveira/ DOL

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