Distúrbio pode afetar o sistema nervoso

Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 65 mil brasileiros são afetados pela condição conhecida como distonia, um distúrbio neurológico caracterizado por movimentos involuntários decorrentes de contração muscular. Ela pode se manifestar em diferentes idades, mas é mais comum entre 40 e 60 anos, com maior incidência em mulheres - cerca de 3 casos para cada homem. E o diagnóstico é difícil. “Muitas vezes a distonia é confundida com outras doenças de ordem neurológica, e até mesmo com tiques nervosos, o que retarda o diagnóstico e prejudica o tratamento”, afirma o Dr. Nasser Allan, neurologista e PHD em Neurociências.

MAL CRÔNICO

O médico afirma, ainda, que as causas são indefinidas em 2/3 dos casos. Nas demais ocorrências, a doença pode ser ocasionada por exposição a drogas, lesões cerebrais, transtornos metabólicos, entre outros. “Em casos moderados ou graves, a distonia pode limitar a vida do paciente, dificultando fala, andar, escrever, comer, entre outras ações cotidianas”, explica o especialista. Em caso de qualquer sintoma do tipo, é imprescindível a busca de ajuda médica, já que a doença acomete o sistema nervoso.

Por se tratar de um mal crônico na maioria dos casos, o tratamento é medicamentoso. “As que são causadas por algum tipo de medicação, por exemplo, podem desaparecer sozinhas ou com o tratamento adequado”, garante. Por outro lado, as que não tem causa definida e não acompanham lesão cerebral ou medular, raramente podem melhorar ou desaparecer sozinhas, podendo ser apenas controladas.

(Carolina Menezes)