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Música ajuda na reabilitação de implante coclear

Ainda na maternidade, Kadu perdeu a audição após contrair uma infecção. Com apenas três meses de vida, iniciou o processo de habilitação para um implante coclear – o conhecido “ouvido biônico” - que ele segue até hoje, aos 11 anos, e inclui receber estímu

Ainda na maternidade, Kadu perdeu a audição após contrair uma infecção. Com apenas três meses de vida, iniciou o processo de habilitação para um implante coclear – o conhecido “ouvido biônico” - que ele segue até hoje, aos 11 anos, e inclui receber estímulos. “No início, a terapia com a música era bem lúdica, ele imitava os sons que ouvia, como os sons dos animais, por exemplo. Após alguns anos ele passou a fazer aulas com instrumentos, então percebeu que o som de cada um deles era diferente. Para ele, a música deu movimento e vida aos sons”, afirma Débora Rodrigues, mãe do menino.

A verdade é que o uso da música e seus elementos – ritmo, melodia e harmonia – tem auxiliado o tratamento de diversas doenças, mas de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Aalborg, na Dinamarca, quando utilizada durante a reabilitação de pessoas com implantes cocleares (prótese colocada na parte interna do ouvido), a música estimula a audição e instiga a fala.

A música alivia ainda a pressão colocada sobre as crianças após o procedimento. “É comum que os pais estejam ansiosos para que a criança comece a falar logo após a cirurgia, mas essa pressão pode atrapalhar o desenvolvimento natural da criança e torná-la introspectiva”, afirma a fonoaudióloga Marília Botelho.

Através dos elementos musicais, como melodia, ritmo, letra e harmonização, a criança desenvolve a comunicação não-verbal, que ajuda a tirar a atenção das expectativas pela oralidade e aos poucos, promove uma comunicação espontânea e significativamente mais frequente.

Uma história bem-sucedida

Dez anos após o início do tratamento, Kadu tornou-se exemplo para outras crianças e os pais que avaliam contar com esse tipo de terapia para os filhos. “Há 10 anos, era tudo muito vago, não tinha tantas comprovações científicas sobre o poder da música. A médica dele foi quem montou tipo uma bandinha, com bateria, piano, e ele era deixado livre para fazer os sons. Era uma espécie de brincadeira, e nesse ambiente lúdico ele foi descobrindo o som dos animais, de objetos, o que era a voz da mamãe. Ele aprendeu a dar nome aos sons”, lembra a mãe do Kadu.

Aos quatro anos de idade, o menino já aparece em um vídeo cantando e dançando, seguindo a melodia, algo que demora a acontecer entre os implantados. “A música encanta e faz com que fique mais fácil reabilitar”, comenta Débora. Kadu, diferente de muitas crianças que cresceram com o mesmo desafio, também consegue falar normalmente. “A grande admiração de quem conhece ele é porque ele tem a voz perfeita. Faz três anos que ele teve alta da fonoaudióloga. Hoje ele dá palestra, é exemplo para outras crianças”, finaliza a mãe, orgulhosa.

(Laís Azevedo/Diário do Pará)

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