O chá verde é amplamente consumido devido a uma série de benefícios de uma classe de compostos químicos presente em sua formulação: as catequinas, com ação antioxidante e propriedades anti-inflamatórias, entre outras.
Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) descobriram um concorrente à altura para a bebida, com pelo menos 10 vezes mais catequinas e velho conhecido dos brasileiros: o guaraná.
Ensaios clínicos com voluntários humanos saudáveis revelaram o guaraná como importante fonte de catequinas.
Efetivamente absorvidas, elas reduzem o estresse oxidativo no organismo, relacionado ao surgimento de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, diabetes e câncer, inflamações e envelhecimento precoce em virtude da morte de células, entre outras condições prejudiciais à saúde e ao bem-estar.
Os ensaios foram feitos no âmbito da pesquisa Bioacessibilidade, biodisponibilidade e atividade antioxidante de compostos fenólicos do Guaraná (Paullinia cupana) in vitro e in vivo, realizada com apoio da Fapesp e coordenada pela pesquisadora Lina Yonekura.
“Até então, o guaraná era visto apenas como estimulante devido ao seu alto teor de cafeína, principalmente pela comunidade científica internacional. No Brasil, também observamos que havia uma escassez de trabalhos enfocando outros efeitos biológicos do guaraná.
A avaliação pioneira sobre a absorção e os efeitos biológicos de suas catequinas em voluntários humanos pode aumentar o interesse da comunidade científica, do mercado e da sociedade em geral pelo fruto como alimento funcional”, acredita Yonekura, atualmente professora assistente da Faculdade de Agricultura da Kagawa University, no Japão.
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