Pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, descobriram que bebês que tomam paracetamol têm quase um terço a mais de risco de desenvolver asma e que grávidas medicadas com a substância têm mais risco de dar à luz bebês que, mais tarde, se tornarão asmáticos. O estudo foi publicado no International Journal of Epidemiology e divulgado pelo R7.
114.500 mulheres e crianças foram acompanhadas da gestação até os sete anos de idade. Segundo os resultados da pesquisa, a maior incidência de asma acontece por volta dos três anos de idade, como resultado do uso de paracetamol, um dos mais populares analgésicos e antitérmicos no mundo.
Os cientistas suspeitam que o paracetamol induz "estresse oxidativo", quando radicais livres disparam uma resposta alérgica do organismo.
A pesquisa indicou que crianças que tomaram paracetamol durante a infância têm 29% maiores probabilidades de um diagnóstico de asma entre os três e sete anos, enquanto as mães tiveram os riscos de ter filhos asmáticos aumentados em 13% até os três anos de idade da criança, e em 27% por volta dos sete.
Os pesquisadores também examinaram a ligação entre o ibuprofeno (anti-inflamatório e antitérmico), e descobriram que grávidas que tomaram o medicamento durante a gestação têm mais tendência a ter filhos que desenvolverão asma com cerca de três anos de idade — no entanto, esta conexão é menos provável, e tende a desaparecer aos sete anos.
(DOL)
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