Chamada de "mal silencioso", a hipertensão arterial (antes exclusividade de adultos) está cada vez mais comum na rotina dos pequenos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), de 2% a 13% de crianças e adolescentes já apresentam o problema, que costuma estar relacionado à obesidade.
"Toda criança acima de 3 anos deve ter sua pressão medida na consulta de rotina (anual) com o pediatra e em atendimentos de emergência", diz a cardiologista Patrícia Guedes de Souza, presidente do Departamento de Cardiologia da SBP.
A hipertensão é fator de risco para diversas doenças, sobretudo as cardiovasculares. Quem apresenta a alteração precocemente e não busca cuidados tem mais probabilidade de levá-la para a vida adulta.
Segundo a médica, a baixa ingestão de sódio e de produtos industrializados, o aumento do consumo de alimentos frescos, o controle do peso e a prática de atividade física são medidas essenciais para prevenir e tratar a hipertensão.
"O uso de medicamentos depende se o quadro é primário (causado por maus hábitos) ou secundário (decorrente de problemas renais, endócrinos ou cardíacos), da idade da criança e se há doenças associadas", explica Patrícia.
Sem sintomas
Na maioria dos casos, a hipertensão é assintomática — daí a importância da aferição regular da pressão, que não é indicada para crianças abaixo de 3 anos pelo fato de elas serem mais inquietas, o que atrapalha o procedimento. Em quadros mais graves, pode ocorrer dor de cabeça, alteração de visão e crise convulsiva ocasionada por pico hipertensivo.
Apostar em pratos coloridos e divertidos é a melhor forma de incentivar os pequenos a comer melhor para prevenir o problema, ensina a nutricionista Juliana Simões, do Hospital do Coração (HCor).
(DOL com informações do Extra)
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