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Combate à crise começa na saúde emocional

Desemprego, crescimento da inflação, instabilidade política, alta do dólar, queda na produtividade: a crise voltou a ser assunto de destaque no cotidiano dos brasileiros nos últimos dois anos. Embora seja verdade que o panorama não é animador, o medo que

Desemprego, crescimento da inflação, instabilidade política, alta do dólar, queda na produtividade: a crise voltou a ser assunto de destaque no cotidiano dos brasileiros nos últimos dois anos. Embora seja verdade que o panorama não é animador, o medo que ela provoca torna-se um inimigo maior que o próprio cenário econômico, podendo agravar os problemas financeiros individuais e fazer um verdadeiro rombo na saúde mental.

"Quando somos bombardeados com notícias de cunho negativista temos uma tendência a impressionar nossa mente inconsciente, que retrata a linguagem das emoções e sentimentos", explica o psiquiatra Ricardo Frota.

Nessa situação, a mente perde a capacidade de filtrar o que é útil ou não. "Isso irá estimulá-la a acreditar que aquilo é muito real e vai influenciar diretamente na capacidade das pessoas de tomarem a ação correta, porque o inconsciente dita a maneira como vemos o mundo", acrescenta Frota, que também é coach de mentes.

O economista José Eustáquio Moreira de Carvalho, especialista em Economia Comportamental e Terapia Financeira, também analisa que o sentimento geral de dificuldade impacta fortemente no discernimento.

"A crise cria um ambiente de expectativa negativa e ansiedade muito grande, que vai piorar a capacidade de se estabelecer um plano de recuperação ou solução das próprias pendências. Quem não tem pendência também fica com a dificuldade de planejar, já que não vê o horizonte", afirma.

Se a crise é causa de problemas reais graves, ambos os especialistas destacam que a saúde psíquica e afetiva precisam estar em boas condições para que a vida financeira também tenha resultados positivos, independentemente de qualquer outro fator.

"É importante lembrar que o que acontece com as finanças pessoais é, na realidade, uma exteriorização do que pensamos e sentimos em relação ao dinheiro", afirma Ricardo Frota. "Muitas vezes a culpa é lançada a alguém, seja governo, impostos, crise etc, quando as dificuldades internas – psíquicas e afetivas – é que podem estar sendo a verdadeira causa de uma situação financeira desestabilizada", diz o psiquiatra.

Por isso, o economista José Eustáquio defende que problemas financeiros têm que ter uma abordagem multidisciplinar, que não sejam focadas apenas em cálculos e estratégias econômicas.

"Normalmente se começa ensinando a fazer planilhas, métodos de gestão. Conheço gente que sabe tudo da teoria, mas toma péssimas decisões financeiras. A maioria das decisões de consumo e investimento são emocionais", garante o palestrante. "É preciso um conselheiro financeiro, conhecimento em filosofia prática, ajuda psicológica e, em alguns casos, até da medicina psiquiátrica."

Para quem está "atolado" em dívidas, a primeira recomendação de Eustáquio é parar e descansar um pouco.

"Quando você está em extrema dificuldade, a melhor coisa a se fazer é nada. Pare, pense, busque forças, junte a papelada das dívidas, não atenda a credor nenhum. Fale com a família amigos e, se for o caso, com um advogado e consultor financeiro. Depois disso, quando você já conseguiu mapear a situação, aí sim pode tomar uma decisão", ensina o especialista.

"O principal erro que as pessoas cometem é acreditar que a crise - ou qualquer outros problemas - podem ditar as rédeas de sua vida e principalmente, permitir que desistam dos seus sonhos”, acrescenta o psiquiatra Ricardo Frota. "Encher nosso inconsciente de pensamentos positivos permite que tenhamos ideias mais claras sobre como solucionar os problemas, e não viver às custas deles. Foque sempre em buscar uma solução, porque sua mente criará atalhos e o levará a uma direção segura."

(Band)

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