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Paraense quer apresentar em Belém suas peças

Ele chegou a ser mestre em Direito do Estado antes de decidir que o teatro e o cinema eram os caminhos que realmente queria seguir. Elzemann Neves é um desses paraenses que se encontraram e ganharam destaque longe de casa e agora ele deseja compartilhar n

Ele chegou a ser mestre em Direito do Estado antes de decidir que o teatro e o cinema eram os caminhos que realmente queria seguir. Elzemann Neves é um desses paraenses que se encontraram e ganharam destaque longe de casa e agora ele deseja compartilhar no Pará tudo o que desenvolveu lá fora.

No momento, sonha trazer para cá suas mais recentes produções, os espetáculos “Josefina Canta” e “Quando Eu Era Bonita”, este último em cartaz até maio, no Teatro Parlapatões, em São Paulo.

“Mudei para São Paulo para fazer o mestrado em Direito, na PUC, em 1999. Mas volto todo tempo à cidade, sou de Belém e queria muito levar um pouco do que a gente está fazendo por aqui. Estive por aí no fim do ano, visitei lugares como o Sesc Boulevard. Tem muito espaço legal em Belém, espaços alternativos que poderiam ser preenchidos com essas coisas”, comenta o diretor e dramaturgo.

Elzemann já recebeu importantes prêmios desde que começou a escrever, em 2002, como o de melhor roteiro no “Festival de Paulínia” (2010) e no “Brazilian Film Festival”, em Miami (2010), pelo filme “Depois do Almoço”, além de ter sido exibido no “Festival de Berlim (Berlinale/2010)”. Sua peça, “Mão e Pescoço”, foi eleita uma das dez melhores em cartaz pela crítica especializada de São Paulo, no mesmo ano.

O espetáculo “Josefina Canta” – um dos que pretende trazer a Belém – é livremente inspirado no conto “Josefina, a Cantora – ou o Povo dos Ratos”, de Franz Kafka, e já representa mais um trabalho com boa repercussão de crítica e público.

“Esse trabalho é fruto de uma pesquisa de mais de dois anos. No conto, Franz assegura que uma cantora que não sabe cantar é capaz de ser aclamada e seguida pelo povo – metáfora para falar do totalitarismo e o nazismo”, explica o dramaturgo.

Do conto, apenas a figura da personagem principal e a essência do que é debatido por Kafka permanecem, ganhando uma adaptação para a realidade brasileira.

“Acabo repassando a formação do Brasil, essas pessoas que chegaram com esse canto, muito estridente, mas vazio, e mesmo assim o povo acreditou e seguiu. Há uma pesquisa de linguagem, inclusive técnica vocal, corporal, pois tudo é muito alegórico, muito exagerado”, descreve.

O texto é bastante político, o que difere da outra montagem que o paraense pretende apresentar em Belém, chamada “Quando Eu Era Bonita”, desenvolvido especialmente para o festival paulista “Satyrianas”, de 2014, e posteriormente ampliado, devido ao retorno positivo da crítica local.

“É outra pegada, outro viés. A frase ‘quando eu era bonita’ é uma brincadeira, uma forma de dividir a vida em dois momentos, que reflete essa nosso hábito de falar do passado como algo melhor”, diz o autor.

A história se desenrola na mesa do bar, entre duas amigas, interpretadas por Ester Laccava e Lulu Pavarin, grandes atrizes do teatro paulistano.

“O gostoso dessa peça é a comédia, mas da metade em diante você percebe que estamos falando de uma coisa mais profunda, que é ‘o lugar onde essas mulheres (de meia-idade) são colocadas na sociedade’. O que acontece quando você tem uma clareza de que os anos estão passando?”, instiga o autor.

Assim, a proposta do roteirista de cinema, dramaturgo e diretor está lançada – quer voltar a Belém com duas boas histórias para contar.

(Diário do Pará)

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