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Disco de Pedro Sá dialoga com referências musicais

Pedro Sá Moraes lançou “Além do Princípio do Prazer” no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos. Agora, se prepara para uma turnê pelo Brasil, que, por enquanto, não tem em seu itinerário a capital paraense, mas ele a mantém como um sonho possível. “O Pará te

Pedro Sá Moraes lançou “Além do Princípio do Prazer” no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos. Agora, se prepara para uma turnê pelo Brasil, que, por enquanto, não tem em seu itinerário a capital paraense, mas ele a mantém como um sonho possível. “O Pará tem um lugar especial demais no meu imaginário poético, na minha fantasia... Só o Waldemar Henrique já vale um país inteiro!”, declara o músico.

O atual disco de trabalho foi masterizado por Joe Laporta, que mixou os CDs de grandes artistas internacionais como Björk e Foo Fighters, no estúdio Sterling Sound, considerado o melhor em masterização no mundo. Além disso, diferente de seu primeiro disco, o “Claroescuro”, que era uma coleção de canções feitas ao longo de mais de dez anos, o “Além do Princípio do Prazer” é um disco mais focado, que nasceu todo num período de dois a três anos.“Ele reúne músicas mais antigas, como ‘Ela Vertigem’, mas tudo foi tão retrabalhado e integrado num projeto sonoro contemporâneo, numa vontade de dizer algo que correspondesse às minhas inquietações atuais – algo bem específico e difícil de traduzir. E dizê-lo, sim, com suas ambiguidades, conflitos, esperanças, em todas as camadas da música - da letra à melodia, aos arranjos e orquestrações, às operações técnicas como mixagem e masterização”, destaca Pedro Sá.

Concretamente, o disco começou na parceria entre o músico e o produtor musical Ivo Senra. “Conversamos muito, ouvimos zilhões de referências, desde música serial à música de concerto eletrônica, passando por várias coisas do pop mais experimental, como Radiohead, Portishead, Sigur Ros, Flying Lotus, My Bloody Valentine...”, relembra. A partir desse projeto poético-sonoro, eles escolheram as canções juntos. Algumas foram, inclusive, compostas a partir dessas ideias sonoras – como “Eunuco”, a sétima faixa do álbum.

REPERCUSSÃO

Após circular fora do país, as canções não poderiam soar exatamente como no estúdio. Questionado sobre quais influências podem ser notadas nessa nova turnê, agora brasileira, Pedro Sá destaca a importância da troca com o público para essas sutis mudanças. “Eu acho que quanto mais tipos diferentes de público foram cruzando o caminho do show – os observadores novaiorquinos, os festivos canadenses, os interessados paulistanos, os entusiásticos californianos – mais fomos aprendendo e ajustando essa nossa linguagem ao vivo”.Para Pedro, muitos artistas acabam descobrindo melhor seu país ao sair dele e, é claro, após alguns encontros musicais, principalmente com o pessoal da cena vanguardista do jazz de Nova York e de alguns lugares da Europa, assim como músicos do Caribe, África e Oriente Médio, muitas informações musicais e inquietações acabaram surgindo e influenciando seu trabalho também. “Elas vão aos poucos aparecendo mais em algumas canções, arranjos... Não tem jeito, já estou pensando no próximo (disco)!”, brinca.

A reação do público ao disco tem sido intensa, segundo o músico. Alguns elegem “Pra Nós” como sua favorita, outros gostam da ironia e da marcha desconstruída de “Não Quer que o Mundo Mude”. E são muitos os que curtem, pedem e compartilham “A Hora da Estrela”. Esta, Pedro começou a escrever a partir da frase inicial, que lhe veio pronta, talvez de algo que viu, talvez de um sonho: “uma menina, e a cidade passando no meio”. Quando estancou em sua construção, chamou João Cavalcanti, que a desenvolveu mais um tanto. “Acho que foi nesse processo, nesse diálogo, que a gente percebeu que a tal ‘menina’ era a Macabéa da ‘Hora da Estrela’ (obra de Clarice Lispector)”, ele conta.

A música não é uma tentativa de traduzir o livro – “isso seria, além de pouco interessante, dificílimo”, considera Pedro. A canção está mais para uma reverberação dos sentimentos que o texto provocou nele e em João Cavalcanti, através de suas próprias intuições e imaginações. E quem é esta menina, que gira “com a vontade pisada no freio?”. É um mistério desse disco. “Acho que é por isso que o primeiro videoclipe do CD vai ser sobre esta música. É uma forma de investigar esse mistério”, revela o músico.

OUÇA CD “Além do Princípio do Prazer”Pedro Sá MoraesGravadora: Delira Música Preço: R$ 25

(Diário do Pará)

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