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Quatro artistas abrem coletiva neste sábado

“Tudo que move é sagrado/E remove as montanhas/Com todo cuidado”. O primeiro verso da canção “Amor de Índio”, de Beto Guedes, foi emprestada para dar nome à primeira exposição de 2015 da Elf Galeria. Assim como na música, as obras assinadas por veteranos

“Tudo que move é sagrado/E remove as montanhas/Com todo cuidado”. O primeiro verso da canção “Amor de Índio”, de Beto Guedes, foi emprestada para dar nome à primeira exposição de 2015 da Elf Galeria.

Assim como na música, as obras assinadas por veteranos das artes plásticas do estado visam transcender o mundo prático buscando uma sacralidade que reside no íntimo. No total, a produção conta cerca de 20 trabalhos de Elieni Tenório, Emanuel Franco, Geraldo Teixeira e Jorge Eiró.

A exposição abre amanhã, para convidados, e é um belo chamado para visitar e colocar em prática o que o pintor bolivariano Rômulo Quiroga postulou: “É preciso transver o mundo”. Lucinha Chaves, responsável pela Elf Galeria, conta que a relação com os artistas que compõem a exposição é antiga.

“Nós temos vínculos que nos unem para além da questão profissional. Para nós, é uma satisfação abrir o ano com essa exposição, porque são artistas que, sempre que são provocados, respondem à altura. Então, há uma relação de confiança mútua deles conosco e nossa com eles”, explica.

Emanuel Franco comenta que o sagrado é dissociável de conceitos e ideologias religiosas e, por isso, pode ser atribuído a coisas de valor pessoal. “Sagrado é tudo aquilo que me dá retorno, fortalecimento, aquilo em que eu confio e no qual posso caminhar”, detalha o artista.

Para ele, o projeto de família que construiu e seu fazer artístico são elementos sacros que norteiam sua vida. “Enquanto eu tiver força e lucidez, não pretendo parar de produzir”, garante.As inspirações de Emanuel Franco vêm dos detalhes, de viagens, de enxergar além do que os olhos registram. Assim, igrejinhas de beira de estrada, o padre Vieira e Santo Antônio se tornaram temas de obras com características únicas e especiais.

“Em ‘Casulo dos Antônios’, por exemplo, há um objeto volumétrico no qual diversas miniaturas de Santo Antônio ficam expostas em uma espécie de balão”, antecipa o artista plástico.

Geraldo Teixeira, que sugeriu o título da exposição, explica que o interesse pela sacralidade é comum a todos os artistas que integram a mostra. Apesar disso, ele esclarece que não é intenção de nenhum deles criar obras religiosas.

“Os santos, os personagens retratados, estão, acima de tudo, muito ligados à cultura popular. O foco, fundamentalmente, não é religião. Quando você fala em religião, você trata de uma coisa, um conceito muito fechado. Nós criamos obras com conceitos próprios”, avalia.

Para Geraldo Teixeira, o sagrado está na inspiração, na iluminação que o impulsiona a produzir. “O sagrado começa pelo dom, que é essa coisa que ninguém consegue explicar de fato da onde veio. Ela (a inspiração) vem de tudo, vem de todos. O que me instiga na vida é essa ação de ver as coisas. Ver, olhar e perceber”, diz.

Entre as obras que o artista plástico irá expor, estão um Sagrado Coração de Maria, um Sagrado Coração de Jesus e um São Miguel que foge dos padrões normais.

“Ele está armado, mas não mata nenhum dragão, apenas contempla uma situação. Essa possibilidade de ressignificar as cenas e situações é o que nos interessa”, completa.

Quem expõe

Elieni Tenório: Frequentou o curso de extensão em laboratório de pesquisa de artes plásticas na Universidade Federal do Pará (UFPA). Realiza exposições individuais e coletivas desde 1992. Premiada em diversas edições do Salão Unama de Pequenos Formatos, participou de exposições na Alemanha e Portugal.

Emanuel Franco: É artista visual; arquiteto graduado pela Universidade Federal do Pará (1979), professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unama. Suas obras já foram expostas na galeria Helmut Schuster, na Alemanha.

Jorge Eiró: É arquiteto graduado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), tem doutorado em Educação, é professor da Unama e UFPA participou de diversas exposições individuais no Brasil e no exterior.

Geraldo Teixeira: Iniciou sua carreira em 1975, é fundador da Associação de Artistas Plásticos do Pará, coleciona prêmios em diversos salões de arte e já teve obras expostas nos Estados Unidos e Europa.

VISITE

Exposição “Tudo que Move é Sagrado”

Quando: Abertura amanhã, para convidados.

Visitação de 26 de janeiro até 24 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, de 10 às 19h, e aos sábados, de 10 às 14h, exceto feriados

Onde: Elf Galeria (Av. Governador José Malcher, Vila Bolonha, número 60)

Quanto: Entrada franca

(Diário do Pará)

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