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“Flicts” faz 45 anos e ganha versão digital

Flicts não era nada, mas não descansou até se tornar alguma coisa. Ele era uma cor rejeitada por todas as outras, não encontrou espaço na caixa de lápis de cor, nem no arco-íris, nem nas bandeiras ou brasões. Flicts viajou o mundo todo atrás de seu lugar

Flicts não era nada, mas não descansou até se tornar alguma coisa. Ele era uma cor rejeitada por todas as outras, não encontrou espaço na caixa de lápis de cor, nem no arco-íris, nem nas bandeiras ou brasões.

Flicts viajou o mundo todo atrás de seu lugar, mas só encontrou repouso no espaço. Ele é a cor da lua, uma verdade que só quem esteve nela pode constatar. Foi assim, com poesia e simplicidade, que o escritor, cartunista e desenhista Ziraldo se lançou no mercado de livros infantis em 1969.

Agora, o pai do Menino Maluquinho teve sua primeira obra transposta para plataformas digitais. O aplicativo está disponível desde dezembro do ano passado, quando “Flicts” completou 45 anos.

A versão digital do livro, que já pode ser baixada em sistemas Android e iOS, é totalmente interativa e ideal para quem está aprendendo a ler. Uma boa oportunidade para conferir o que o astronauta Neil Armstrong confidenciou a Ziraldo: a lua é Flicts.

Ziraldo revela que não estava em seus planos se tornar um escritor de livros infantis. Todos os personagens que surgiram após o lançamento de “Flicts”, vieram ao mundo por conta do sucesso dessa primeira obra.

“Foi uma transição natural para mim. Só é você não esquecer como é ser criança, aí dá pra enganar bem”, fala Ziraldo, rindo. Para o cartunista, a cumplicidade com os pequenos leitores foi fundamental para que outros livros, como “O Menino Maluquinho”, ganhassem ainda mais repercussão que “Flicts”.

“Na minha humilde opinião, o ‘Menino Maluquinho’ é o menino brasileiro, da mesma forma que o Calvin é o menino americano, por exemplo. É a criança saudável que beija, abraça o pai, joga bola, corre. Toda casa brasileira tem ou gostaria de ter um Menino Maluquinho”, comenta.

Sobre as inovações tecnológicas, Ziraldo não as enxerga como uma ameaça para o livro tradicional. “O livro vai continuar coexistindo com as outras plataformas, da mesma forma que o teatro coexiste com a televisão, por exemplo.

Os sentimentos humanos são sempre os mesmos, saudade, carência, só mudam os tipos. Da mesma forma acontece com o livro, só mudam as circunstâncias”, completa.

O frágil, e feio, e aflito Flicts não tinha a força do Vermelho, não tinha a imensa luz do Amarelo, nem a paz que tem o Azul, mas tinha um pai generoso que, de forma singela, mostrou que todos, por mais distintos que sejam, têm seu lugar.

Em tempos em que as padronizações e as aparências superficiais são cultuadas nas mídias sociais, a mensagem de Ziraldo ganha ainda mais força: precisamos encontrar espaço para valorizar nossas diferenças.

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Um “plus” para aproximar as crianças do livro

(Diário do Pará)

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