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Na terra do brega também tem rap

Na terra do brega e do treme, como nasce um ‘rapper’ paraense? “Na verdade, eu escuto rap desde a infância. É o estilo que sempre gostei de ouvir”, conta Dime, vocalista do ‘Cronistas da Rua’, duo formado por ele e Alonso Nugoli. Juntos, eles são a car

Na terra do brega e do treme, como nasce um ‘rapper’ paraense? “Na verdade, eu escuto rap desde a infância. É o estilo que sempre gostei de ouvir”, conta Dime, vocalista do ‘Cronistas da Rua’, duo formado por ele e Alonso Nugoli. Juntos, eles são a cara da nova geração do rap paraense: uma mistura de reggae, samba e brega, aliados à música eletrônica e rima. A identidade trazida do berço começa a ganhar o país e mostra que aqui sempre houve gente com talento também para essa batida.

“Sempre ouvi o brega pela rua, no ônibus, vindo da casa do vizinho. Já na família, meu pai ouvia samba. E nas festas eu curtia o reggae. Então, todos os estilos que a gente (Cronistas da Rua) gostava foram trazidos para esse trabalho”, conta Dime.

E a música eletrônica também entrou na mistura com o ‘beat box’ de Alonso. “Fazer rap na terra do brega é bem legal, porque são dois elementos que nasceram na periferia, até com o funk nós costumamos fazer um improviso”, completa Dime.

Quando os Cronistas da Rua estiveram por São Paulo para a gravação de seu álbum de estreia, ‘Tekoha’, também passaram pelo Rio. Na troca de experiências e influências, conta Dime, mostraram aos cariocas o ritmo da ‘Gang do Eletro’. “Pra todas as pessoas do rap que a gente mostrava, achavam que aquilo era rap com batida do tecnobrega. Acredito que a gente tem essa visão de que brega e rap são irmãos, porque vem da mesma cadência rítmica: a da periferia”. E periferia, ele afirma: “É periferia em qualquer lugar”, ainda que tenha suas peculiaridades.

Norte e Sul

A diferença entre a cena local e a nacional pareceu absurda aos Cronistas da Rua ao chegarem à região Sudeste, mas eles não desanimam. “Lá eles já trabalham há muito mais tempo e boa parte das gravadoras e investidores entendem que rap também é música – é mercado. Aqui em Belém sempre existiu uma cena legal e como a mídia está ressaltando o ritmo do Sul pelas redes sociais, isso reflete por aqui também. Estamos começando a perceber a valorização do rap e aumentar nosso público”.

Vale relembrar o grupo M.B.G.C. (Manos da Baixada de Grosso Calibre), precursor do rap em Belém, na década de 1990. O DJ Morcegão (Gilmar Cardoso), ex-integrante, continua na ativa com o Movimento Hip Hop Paraense. “Assim como um dia existiu o M.B.G.C., hoje existe uma galera bem legal fazendo rap. Acho que aqui a gente já tem um publico fiel”, diz Dime, que com o ‘Cronistas’, já participou de eventos promovidos pelo ‘Movimento’ a favor da disseminação do hip hop no Pará.

Desde 2011, as rimas de Dime e o beat box de Alonso ecoam pela ‘Cidade das Mangueiras’ e, também, pelo Brasil. Em seu primeiro trabalho, contaram com a participação de artistas de outros estados, como o Buiu Beat Box (PR) e o Mr. Break (RJ). E tiveram a mixagem e masterização do álbum feitas por Wagner Bagão, do projeto Dubalizer – um dos mais reconhecidos de São Paulo.

A impressão, afirma Jefferson Lima, 27 anos, fã do grupo, “é que eles ainda recebem mais atenção e espaço lá fora do que dentro de Belém”.

As palavras dele parecem casar perfeitamente com a opinião de Bagão, do Dubalizer. “Eu me identifiquei bastante (com os Cronistas) porque tem uma diversidade de ritmos e também uma preocupação em incluir batidas mais modernas. Eles estão inovando aqui (no Pará) com um rap mais pesado, diferente do que costuma ser produzido aqui. A linguagem deles é bem Belém-Metrópole - mais urbana”, define.

(Diário do Pará)

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