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Um dia para celebrar a poesia

"Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo - para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado”, disse Mário Quintana. Celebrado h

"Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo - para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado”, disse Mário Quintana.

Celebrado hoje, 14 de março, o dia da poesia tem diversos representantes, que levaram no passado e levam até hoje os seus ritmos, para quem desejar respirar através dela. Estes são os poetas. É gente que encontra poesia até onde não há palavras.

O poeta Marcos Quinan encontrou na Amazônia inspiração para aprimorar a sua sensibilidade artística. Foi capaz de colocar poesia em todos os seus trabalhos, como compositor, artista plástico e escritor. Entre seus livros estão ‘Jeito de Sentidor’ (2006) e ‘Oração de floresta e rio e outros poemas’ (2003).

“Hoje a poesia não está mais subordinada só à rima. Na verdade, eu leio muita poesia, todo tipo de autor. Eu lamento que as livrarias não tenham tanta poesia quanto deveriam. Acho que a poesia nos embasa em tudo, na cognição, no raciocínio - estamos precisando tanto de raciocínio -, te dá o real e o imaginário. Talvez nesse mundo, da literatura, é a que atinge a percepção da gente mais rápido”, diz ele.

Quinan considera que a poesia faz parte do cotidiano e que também é algo que assalta a gente, nos pega de surpresa. “Você está andando por aí e de repente vê uma imagem que é poesia, não tá só nas palavras. Sempre coleciono momentos que dão poesia. Às vezes escrevo, às vezes se perde, mas a poesia continua esparramada em tudo que é lugar”.

RITMO NA POESIA

Paulo André Barata, filho de Ruy Barata - poeta, compositor e político paraense, nascido em Santarém, em 1920 -, falou do processo de composição do pai, que misturava naturalmente: música e poesia.

“Ele era autor. Papai sabia alguns acordes, mas muito pouco de violão, o suficiente apenas para dedilhar algo. Não foi músico. Ainda assim, era um grande poeta e letrista, tinha um ritmo fora do normal. Colocava uma letra certinha em suas poesias, o que dava ritmo a elas. Quando você se depara com a poesia dele, tem vontade de recitar”, afirma ele.

As memórias guardadas ajudam Paulo a explicar como, para Ruy Barata, as palavras eram trabalhadas e pensadas visando mais do que rimas e versos: “Lembro-me bem de quando eu era mais jovem, garoto mesmo, ele passava pelo pátio de casa, pela sala, andando e lendo os poemas dele para ele mesmo, para ver se estavam no ritmo que ele queria”.

Paixão que vem dos tempos de criança

Antônio Juraci Siqueira descobriu a literatura ainda menino, através de folhetos de cordel. Pertence a várias entidades literárias, entre estas a União Brasileira de Trovadores e a Malta de Poetas Folhas & Ervas, publicou mais de 60 títulos entre folhetos de cordel, livros de poesias, contos e outros estilos.

“Hoje, amanheci meio peixe, meio pássaro. Estou aprendendo a nadar, tomando aulas de voo e aprimorando o canto”, escreveu ele. Em seus cordéis, um relato diversificado, uma mistura entre real e fictício, que costuma encantar principalmente as crianças. “O cordel é poesia, uma poesia popular, assim como a trova. Eu acho que é uma das portas que você pode chegar até as crianças e leva-las até a poesia lúdica”.

Autor de um dos livros mais conhecidos para crianças aqui no Pará, chamado ‘Paca, Tatu, Cotia não’, ele sugere autores bastante populares entre os pequenos. “Escrevi muitos livros para crianças, e há ainda José Paulo Paes e o próprio Vinícius de Morais com o livro ‘Arca de Noé’. O meu livro já foi adotado por várias escolas aqui. Ontem mesmo, presenciei a apresentação de crianças que fizeram uma releitura com as historinhas, acredito que é uma boa maneira de levar a poesia até as pessoas”.

(Diário do Pará)

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