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CÍRIO DE NAZARÉ

Almoço do Círio une gerações em um momento de confraternização

Há 45 anos que os pais de Ivonete Pantoja abriram uma barraca de comidas típicas paraenses na avenida Nazaré, a Raízes da Mandioca. Faz uma década que durante o Círio a barraca se transfere para o espaço do antigo parque de diversões, que abriga uma praça

Há 45 anos que os pais de Ivonete Pantoja abriram uma barraca de comidas típicas paraenses na avenida Nazaré, a Raízes da Mandioca. Faz uma década que durante o Círio a barraca se transfere para o espaço do antigo parque de diversões, que abriga uma praça de alimentação. A experiência com vendas de comida e com a festividade não bastou para o dia da romaria. “Foram 14 quilos de maniçoba e mais 14 de vatapá e já vendemos tudo (14h, ontem). Vou ter de comprar mais para a tarde e bem mais para os próximos dias”, conta.

O almoço no antigo parque no dia do Círio tem como maior parte da clientela os romeiros que vêm a Belém especialmente para a procissão. O cardápio é o mais tradicional possível, o que se repete na maioria das casas que festejam a data e nos restaurantes.


O restaurante Avenida ficou lotado logo depois da procissão (Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará)

Com 73 anos de história, o tradicional restaurante Avenida, no número 1086 da Nazaré, há muito tempo adaptou o cardápio para os segundos domingos de outubro. “Sempre abrimos nessas datas especiais. O movimento é grande e é algo diferente para o paraense”, comentou a proprietária Ana Paula Chaves.

Já na casa da família do professor Charles Peniche, na passagem São Gabriel, bairro do Guamá, se reúnem os parentes que vêm do lado da família do pai, do município de Mãe do Rio, e os que moram mais longe para aproveitar a confraternização após acompanhar a Santa. “São quatro gerações de parentes que se reúnem aqui na casa. Tenho uma tia avó que veio do Ceará e tem meu filho de quatro anos”, disse.

Ao lado da onipresença da maniçoba e do vatapá, uma caranguejada foi preparada especialmente para os com vidados de fora.


A procura também foi grande nas barracas da praça de alimentação que fica no entorno da Basílica Santuário de Nazaré (Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará)

Maniçoba e pato no tucupi ganham alguns concorrentes

Outro lugar privilegiado para quem não tinha como ir às ruas acompanhar o Círio foi desfrutado pela família e amigos da advogada Vilma Oliveira. Da janela do apartamento no terceiro andar do Edifício Rainha Esther, na Praça São Justo Chermont, se pode ver de tudo, da chegada da berlinda ao show de fogos de artifício no fim da festividade. “São doze anos aqui e nenhuma dificuldade de acesso nessa época é maior do que felicidade de estar tão perto da chegada da imagem de Nazaré”, conta.

O menu de comidas típicas foi acrescido de um pernil e não foi para menos. “Ao todo umas 80 pessoas passam por aqui nas manhãs do Círio. Minha família é numerosa, tenho parentes que vêm de Breves e o apartamento ganha mais vida ainda”, disse Vilma.

É um lar que prima pelo respeito entre as religiões. O pai, Antônio, era evangélico, ao passo que a mãe Cleonice é católica. “Somos cristãos e todos se respeitam e se amam. A casa fica cheia de amor nessa época e sempre. É uma data especial esse ano, pois será meu primeiro Círio sem meu pai, que está em um lugar melhor e que sempre gostou muito dessa época do ano”, explica Vilma, que deixa claro que apenas em um aspecto não há negociações. “Eu cozinho. Faço questão de preparar a maniçoba e o pato no tucupi. Gosto muito de receber e dar o melhor que puder”, ressalta.

Ao lado, servindo uma clientela mais humilde, Ivonete Pantoja faz planos para o restante da festividade. “Nesse primeiro dia sempre vendemos mais, mas acho que vou ter de comprar mais maniçoba e vatapá para quase todos os dias. É um momento diferente e tem situações em que as pessoas ficam até indecisas com o que vai comer, colocando de tudo no prato. Aparecem novos pratos que vão se criando, como a varuçoba (mistura de vatapá, maniçoba e, dependendo do gosto, caruru). O importante é poder comemorar com que se gosta”, revelou.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

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