plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 28°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Mais de 10 mil pessoas continuam sem água

Aos 51 anos, a vendedora de lanches Ângela Maria Lima redobra os esforços em busca de água no conjunto Eduardo Angelim. Com a ajuda dos três netos, ela precisa levar o líquido para casa em baldes grandes e garrafões de 20 litros. Isso porque, há uma seman

Aos 51 anos, a vendedora de lanches Ângela Maria Lima redobra os esforços em busca de água no conjunto Eduardo Angelim. Com a ajuda dos três netos, ela precisa levar o líquido para casa em baldes grandes e garrafões de 20 litros. Isso porque, há uma semana, os moradores do conjunto, localizado no distrito de Icoaraci, sofrem com a falta de água. “Venho aqui duas vezes por dia. Uso essa água para tudo, inclusive para fazer comida”, diz a vendedora.

A autônoma mora na rua Orlando Canuto, atrás da central de abastecimento de água do conjunto. Ela conta com a boa vontade de vizinhos que possuem poços artesianos para conseguir ter água em casa. Assim acontece com a maior parte da população atingida pelo problema. O eletricista Mário de Jesus, de 21 anos, morador da passagem Hebert de Souza, está com roupa suja e louça acumulada devido à escassez de água. Para tentar driblar a dificuldade, ele não dispensa nem a água da chuva. “Armazeno dentro da máquina de lavar e vou usando para o banheiro e para lavar louça. Para beber, tenho de comprar água mineral”, relata o eletricista.

POÇO

Na rua Café Liberal, o ambulante Alan Guedes, de 29 anos, não possui a mesma situação financeira de Mário. Com uma família de seis pessoas para sustentar, ele precisa coar e ferver a água que retira manualmente de um poço que fica na mesma rua. “É essa a situação. Toda a população sofre. E, como não dá para comprar água, a gente tem de se virar”, conta.

Para ajudar os moradores que não possuem recursos ou poço artesiano, a comerciante Ana Maria Fernandes, de 50 anos, disponibiliza água durante boa parte do dia. Com um cano para o lado de fora do portão da casa de Ana, uma fila se forma em busca do precioso líquido. “A gente, que tem poço, ajuda os vizinhos que não têm. Vem gente de longe para buscar. E tem sido assim o dia todo”, comenta.

O soldador Felizardo Ferreira, de 51 anos, é uma das pessoas que buscam água na casa de Ana, que mora na passagem das Flores, comunidade Fé em Deus, bairro do Tenoné. Pelo menos duas vezes por dia, antes de ir para o trabalho, ele ajuda a esposa a providenciar o líquido para beber e preparar as refeições. “Quando falta água, é muito ruim. Sempre trago garrafões de água e vários baldes para ajudar lá em casa. Se não, é bem pior”, diz o morador da passagem Helena Coutinho.



(Michelle Daniel/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias