Muitos motoristas do aplicativo Uber, inclusive na capital paraense, devem aderir nesta quarta-feira (8) ao movimento de paralisação global chamado de “Uber Off” (Uber desligado), em protesto contra os valores pagos pela empresa aos motoristas. A alta dos combustiveis no Brasil também impulsionou a insatisfação.
Estão marcadas manifestações de motoristas por todo o Brasil. Em Belém, ainda não há nenhum ato programado, mas estima-se que muitos motoristas insatisfeitos com as margens de lucro do aplicativo devem aderir.
Entre as reivindicações dos motoristas estão a redução da taxa cobrada pela Uber, que hoje gira em torno de 30%, a redução do valor mínimo da viagem para e melhorias no cadastro de passageiros e motoristas.
GASOLINA
"A Uber passa um valor de tarifa para o motorista muito baixo e a empresa só cresce, ficando bilionária, ganhando valores exorbitantes", diz Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp (Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo).
Segundo ele, com a gasolina muitas vezes custando mais de R$ 5 o litro, é comum que motoristas façam viagens nas quais seus ganhos, descontados os custos, são de centavos.
Ele reclama de o último reajuste da Uber ter sido há três anos. Segundo ele, o problema também acontece nas outras plataformas do mercado, 99 e Cabify, e quem trabalha com elas também deve desligar os aplicativos.
O Brasil tem cerca de 1 milhão de motoristas por aplicativos, estima o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e estatística).
A Uber disse que não iria comentar o caso.
PELO MUNDO
A manifestação "Uber off" foi escolhida para acontecer no mesmo dia em que a Uber lançará ações na bolsa de valores.
A expectativa é de que a abertura de capital (IPO) da empresa de transporte seja uma das maiores da história, movimentando mais de U$S 10 bilhões com a oferta de 180 milhões de ações.
Condutores de várias cidades nos Estados Unidos e no Reino Unido convocaram atos de protesto cobrando melhores tarifas e mais transparência nas decisões das empresas.
(Com informações da Folhapress)
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