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Petrobras anuncia aumento de R$ 0,10 por litro no diesel

Seis dias após recuar em reajuste do diesel a pedido do presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras anunciou nesta quarta (17) aumento de até 5,1% no preço do combustível em suas refinarias. Segundo a empresa, o reajuste será médio será de R$ 0,10 por litro. A

Seis dias após recuar em reajuste do diesel a pedido do presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras anunciou nesta quarta (17) aumento de até 5,1% no preço do combustível em suas refinarias. Segundo a empresa, o reajuste será médio será de R$ 0,10 por litro. A categoria dos caminhoneiros, que estudavam a possibilidade de uma paralisação geral caso o aumento fosse concedido, ainda não se pronunciou.

Em entrevista, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que o episódio teve um "final feliz". "Pela primeira vez foi reafirmada a independência da Petrobras para estabelecer os seus preços de combustível Por outro lado, foi revelado o apoio do governo ao processo de venda de refinarias", disse.

O aumento é inferior aos 5,7% anunciados na quinta (11). Segundo Castello Branco, a redução do índice foi proporcionada pela redução dos custos de frete marítimo, um dos componentes da fórmula de preços da estatal, e de ganhos com mecanismos financeiros usados para reduzir perdas com represamento de preços.

Castello Branco disse que por enquanto a empresa não pensa em mudanças em sua política, que hoje limita reajustes do diesel a períodos mínimos de 15 dias. "Mas nada impede isso. [Não precisamos] ficar apegados a uma periodicidade", afirmou, declarando-se contrário a reajustes diários.

A suspensão do reajuste ocorreu após telefonema de Bolsonaro a Castello Branco no fim da tarde de quinta. O presidente alegou preocupação com nova greve dos caminhoneiros e a Petrobras decidiu esperar "alguns dias", segundo informou na ocasião.

Nesta quinta, o presidente da Petrobras defendeu que a decisão foi interna. "O presidente Bolsonaro não me pediu nada, ele me alertou sobre os riscos e eu reconheço que a preocupação dele era legítima", afirmou o executivo.

"A determinação de preços sem a consideração desses riscos deu no que deu e foi um custo muito alto para a Petrobras e muito maior para a economia brasileira. Todos nós sofremos com a greve dos caminhoneiros. Faz parte da minha atividade como administrador não só olhar para os retornos mas olhar para os riscos", alegou.

A decisão derrubou as ações da estatal na sexta (12), reduzindo em R$ 32 bilhões o valor de mercado na bolsa, diante dos riscos de novas intervenções políticas em sua gestão. O represamento dos preços dos combustíveis durante o governo Dilma foi um dos motivos para o crescimento da dívida da empresa.

Esta semana, o governo anunciou um pacote de medidas para acalmar os caminhoneiros e escalou ministros para reforçar a independência da Petrobras na gestão dos preços dos combustíveis. Entre os transportadores, porém, as medidas foram consideradas insuficientes.

Segundo ele, o risco de greve agora é menor porque o governo já atendeu a outras demandas dos caminhoneiros, como melhorias em estradas e que o preço do diesel não é a principal queixa. "Entre 13 demandas dos caminhoneiros, o diesel é a 12ª", alegou.

O reajuste anunciado nesta quarta varia de 4,5% a 5,1%, dependendo do ponto de venda —a estatal vende diesel em 35 locais diferentes. A empresa não divulgou um valor médio. O preço da Petrobras representa cerca de metade do preço final de bomba.

Castello Branco disse confiar em garantias dadas pelo governo sobre manutenção da liberdade de preços. "Não tenho nenhuma razão para não acreditar no presidente Bolsonaro. Pelo contrário, eu acredito muito nele", afirmou.

Ele defende que a companhia não teve perdas com o represamento dos preços —​que estão no mesmo patamar desde o dia 22 de março— já que vem usando mecanismos de proteção financeira. Considerando a média de vendas de 2018, especialistas estimam que a empresa deixou de arrecadar cerca de R$ 14 milhões.

Castello Branco disse que o episódio reforçou a necessidade de venda das refinarias da estatal, processo que agora seria apoiado também pela cúpula do governo. "Nós não podemos conviver com monopólios", argumentou.

O modelo de venda ainda está sendo definido. Em 2017, a Petrobras chegou a abrir processos de venda de dois polos de refino, cada um com duas refinarias, dutos e terminais, mas as negociações foram suspensas este ano. Na avaliação da gestão da empresa, o modelo não atende aos objetivos de ampliar a competitividade no setor.

Para analistas, porém, os sinais de intervenção na estatal podem reduzir a atratividade dos ativos.

A Petrobras anunciou nesta quarta também que contratou nove bancos para conduzir o processo de venda de ações da BR Distribuidora. Ainda não foi divulgado qual será o volume vendido. Em 2017, a estatal repassou a investidores privados 18,75% do capital da subsidiária.

Fonte: FolhaPress

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