Você é a favor da criminalização dos jogos violentos?

Após o recente caso de um tiroteio em uma escola no interior de São Paulo e o vice-presidente da República relacionar o massacre com vício em videogames, um projeto de lei é discutido na Câmara Federal para criminalizar jogos violentos no Brasil.

A proposta (que pode ser conferida aqui na íntegra) é do deputado Júnior Bozzella (PSL-SP) e, se aprovada, altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, e a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, “para criminalizar o desenvolvimento, a importação, a venda, a cessão, o empréstimo, a disponibilização ou o aluguel de aplicativos ou jogos eletrônicos com conteúdo que incite a violência e dá outras providências”.

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Bozzella justifica que se trata de uma reação ao massacre na escola de Suzano, em São Paulo. Ele sugere que a punição para o crime seria a multa ou um período de três a seis meses de detenção e que a pena seria triplicada caso a prática acontecesse a partir da internet ou outro meio de comunicação de massa.

O QUE DIZ A CIÊNCIA?

Um estudo divulgado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em março deste ano, afirma que não há relação entre games violentos e o comportamento agressivo em crianças e adolescentes.

Em junho de 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o vício em videogames como "perturbação mental" na nova Classificação Internacional de Doenças (CID), criado para listar as principais enfermidades, problemas de saúde pública e transtornos que causam morte ou incapacitação de pessoas. O diagnóstico considera falta de controle e a prioridade dos jogos na vida do usuário.

Por outro lado, um estudo feito e divulgado no início do ano passado pela Universidade da Pensilvânia concluiu que exercícios mentais, como os próprios jogos de computadores, são mais efetivos a combater a depressão e a proteger o cérebro de reações emocionais negativas.

Assim, o DOL Quer Saber. Você é a favor da criminalização dos jogos violentos?

(DOL)