Uma equipe do programa Brasil Urgente, da TV Band de São Paulo, se desentendeu com a Polícia Militar na tarde de sábado (2), em Brumadinho-MG, no local atingido pelo rompimento da barragem.
A PM informou que os repórteres invadiram uma área restrita ao trabalho das autoridades e que, por isso, ficaria detida.
Os profissionais foram liberados após mediação junto ao comando da corporação.
O jornalista Lucas Martins conversou com o jornal Estado de Minas e relatou que não havia qualquer sinalização no local, dificultando o trabalho da imprensa.
“A gente foi caminhando até um ponto em que seria possível registrar o outro lado, para filmar os trabalhos próximos ao vestiário. Só que não passamos para o lado de lá (onde os bombeiros trabalhavam neste sábado). Não há qualquer tipo de sinalização onde estávamos, inclusive a imprensa, curiosos e familiares passam por ali”, disse Lucas Martins.
“Um helicóptero da Polícia Civil ficou próximo da gente e pediu para embarcarmos. Pensei que seria um voo panorâmico, mas, quando pousamos, fui informado que seria detido por desobediência, por eu estar em uma área proibida”, contou.
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De acordo com Lucas, a equipe teria que assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na delegacia. Mas, após conversa entre as partes, não houve condução.
“O próprio comandante-geral interveio e não houve a prisão. Os policiais estavam cumprindo o papel deles, mas a gente entende bem a questão do jornalismo investigativo. (O problema) foi contornado e está tudo sob controle”, disse o porta-voz da PM-MG, major Flávio Santiago.
Também ao vivo, o apresentador do Brasil Urgente, Joel Datena, condenou a ação da polícia. “Só faltava essa: levar nossa equipe para a delegacia, governo de Minas Gerais? Cadê o governador de Minas Gerais? Vai deixar levar a equipe do Brasil Urgente, da Band, para a delegacia? Vamos aceitar essa pouca vergonha?”, reclamou.
(Com informações de Estado de Minas)
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