Em pronunciamento nas redes sociais nesta terça-feira (18), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), criticou a Folha de S.Paulo e negou que vá retirar imagens sacras do Palácio do Alvorada.
Reportagem publicada na segunda (17) mostrou que funcionários do Planalto afirmaram que a mudança ocorreria a pedido da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A transferência foi confirmada também pelo vice eleito, Hamilton Mourão (PRTB).
"Sempre a Folha. Diz que a esposa de Jair Bolsonaro, Michelle, vai retirar imagens sacras do Alvorada. Mentira. E na matéria, inclusive, eles mostram lá um quadro que está no Palácio do Planalto, sequer está no Alvorada", disse Bolsonaro, no vídeo.
A legenda da foto publicada na edição desta terça explica que a obra mostrada fica no Palácio do Planalto.
Mais cedo, ele havia dito em redes sociais que tinha sido surpreendido com a reportagem. "Criam narrativas para nos desgastar a todo custo!"
"Na minha casa aqui tem uma imagem de Nossa Senhora Aparecida que eu ganhei quando estive em Aparecida, e a minha esposa não falou absolutamente nada. Eu sou católico, ela é evangélica e nós nos respeitamos. Assim que ter que ser. Entre nós não existe conflito religioso, somos cristãos. Temos o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos", disse no vídeo.
Ele afirmou também: "Lamentavelmente mais uma da Folha de S.Paulo. Queria avisar alguns órgãos que acabaram as eleições. O objetivo é desgastar? Tudo bem, mas esse jornalismo não é produtivo, não é bom para o Brasil."
No vídeo, Bolsonaro também voltou a falar em rever a terra indígena Raposa/Serra do Sol, demarcada de maneira contínua em Roraima com aval do Supremo Tribunal Federal em decisão de 2008.
Desta vez, disse que sabe da dificuldade de rever a homologação das terras indígenas. "Quem sabe um dia o Supremo acorde para isso e nos ajude aí a fazer com que essas reservas venham a ser exploradas com racionalidade."
"Por que no Brasil o índio tem que ficar recluso na sua terra como se fosse alguém da idade da pedra?"
No vídeo, Bolsonaro também falou sobre o caso da empresária que foi investigada na Justiça Eleitoral pela suposta contratação de influenciadores digitais pelo PT e que agora tem feito críticas ao partido. O eleito lembrou que foi atacado na campanha pelos rivais por se beneficiar de disparos por WhatsApp impulsionados por empresários contra o PT.
Continua valendo aquela velha máxima da esquerda. Acuse do que você faz. Xingue-os do que você é. O PT me acusou daquilo que eles faziam."
Também no pronunciamento, Bolsonaro falou sobre o caso do terrorista Cesare Battisti, que está foragido desde a semana passada após decisão do presidente Michel Temer de extraditá-lo para a Itália. O eleito parabenizou Temer pela decisão e disse: "Onde está? Está com algum companheiro ou fora do Brasil."
Fonte: FolhaPress
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