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Bancada evangélica acumula frustrações e espera nome no governo Bolsonaro

Era manhã de quarta-feira (21) quando chegou ao culto a informação de que o educador Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, havia sido escolhido ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Integrantes da bancada evangélica n

Era manhã de quarta-feira (21) quando chegou ao culto a informação de que o educador Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, havia sido escolhido ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Integrantes da bancada evangélica não entenderam o que estava acontecendo, pois no dia anterior, a maioria do grupo formado por cerca de 180 parlamentares havia decidido ir ao ministro da Casa Civil do futuro governo, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), conversar sobre o ministério.
Diante do que havia acontecido, mudaram o tom da conversa e foram demonstrar a contrariedade da bancada com a escolha de um nome supostamente ligado à esquerda.
"O Mozart era uma pessoa extremamente competente do lado técnico, mas ele tinha o cordão umbilical ligado a uma esquerda que trouxe essa ideologia de gênero e a uma série de questões que fogem completamente ao nosso pensamento cristão, do chamado conservadorismo cristão", afirmou o deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR), coordenador da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, nome oficial da bancada evangélica.
Segundo um dos parlamentares que participou da reunião, ouviram de Lorenzoni que não havia nenhuma decisão do governo para a pasta e que o futuro governo estava aberto a indicações dos evangélicos até a terça-feira seguinte (27).
Mas a bancada nem chegou a se reunir. Na quinta-feira (22), eles souberam que o procurador evangélico Guilherme Schelb havia passado a ser cotado para o cargo. Horas depois, durante a festa de casamento de Onyx Lorenzoni, Bolsonaro anunciou em seu perfil no Twitter o nome do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez no comando do ministério.
O grupo evangélico avalizou o nome e considerou a confusão apenas um problema de comunicação entre Lorenzoni e Bolsonaro.
Na terça em que deveriam levar um nome para o Ministério da Educação, foram, no fim da tarde, conversar com o presidente eleito. Saíram de lá com o pedido para que fizessem uma lista de três nomes para o Ministério da Cidadania.
Em reunião, escolheram os deputados Marco Feliciano (Podemos-SP), Gilberto Nascimento (PSC-SP) e Ronaldo Nogueira (PTB-RS). Mas Bolsonaro indicou o deputado Osmar Terra (MDB-RS).
Reservadamente, parlamentares evangélicos dizem que esses episódios geram um mal estar com o governo eleito.
A Frente Parlamentar Evangélica oficializou apoio a Bolsonaro em 4 de outubro e havia grande expectativa de que o grupo fosse um dos mais fortes no novo governo. Em seu primeiro ato público após a eleição, o presidente eleito foi a um culto na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no Rio de Janeiro.
O presidente da igreja é o pastor Silas Malafaia, que, nesta quarta-feira (28), lembrou que "gratidão é memória do coração", ao constatar que seu aliado, senador Magno Malta (PR-ES), vem sendo esnobado por Bolsonaro.
Antes chamado pelo futuro presidente de "vice dos sonhos", Malta não ganhou ministério algum até o momento. Por enquanto, o melhor cenário para o senador que não se reelegeu e foi uma das pessoas mais atuantes na campanha de Bolsonaro é ver sua assessora parlamentar, a pastora evangélica Damares Alves, se tornar ministra de Direitos Humanos e Mulheres.
"Conversei agora há pouco com o Bolsonaro. Parece que ela está indicada. Mas pode ter certeza, pode até ser indicada, mas não pela frente [evangélica]. Não que a frente não goste da moça. A gente sabe que a moça é realmente uma pessoa bastante dedicada, militante do lado conservador cristão. Ela é militante do conservadorismo cristão. Tem nossa total simpatia se o Bolsonaro escolher ela", afirmou Takayama à reportagem, na noite desta quinta.
O coordenador da bancada evangélica insiste que seu grupo não está fazendo indicações.
"Por vinculação de princípios, damos apoio irrestrito ao Bolsonaro. Não queremos cargo, não estamos negociando cargos. Queremos que ele vá bem. Queríamos que a sociedade entendesse que a frente não está ali como balcão de negócios. A frente está ali para a defesa do conservadorismo cristão, da família tradicional, de 86,8% dos brasileiros, das famílias brasileiras que pensam assim", disse o deputado, pastor da Assembleia de Deus.
(Folhapress)
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