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Ricos do Brasil estão mais ricos, e pobres cada vez mais pobres, aponta ranking mundial

O Brasil subiu um degrau no ranking mundial de desigualdade de rendimento, passando a ser o 9º país mais desigual do mundo, num conjunto de 189 nações. A diferença entre ricos e pobres estagnou em 2017, após 15 anos consecutivos de melhoria, revela hoje u

O Brasil subiu um degrau no ranking mundial de desigualdade de rendimento, passando a ser o 9º país mais desigual do mundo, num conjunto de 189 nações. A diferença entre ricos e pobres estagnou em 2017, após 15 anos consecutivos de melhoria, revela hoje um relatório da organização não-governamental (ONG) Oxfam.

O estudo, intitulado "País estagnado, um retrato das desigualdades brasileiras" e que analisou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o índice de Gini - instrumento matemático utilizado para medir a desigualdade social-, indica que, no ano passado, o rendimento médio dos 40% mais pobres face à renda média total da população brasileira foi desfavorável para a base da pirâmide.

"A metade mais pobre da população brasileira teve uma redução de 1,6% dos rendimentos entre 2016 e 2017. Os 10% mais ricos tiveram um crescimento de 2% nos seus rendimentos entre 2016 e 2017", pode ler-se no relatório. Com isto o Brasil sobe um degrau no ranking mundial de desigualdade de rendimento, passando a ser o 9º país mais desigual do mundo, num conjunto de 189 países.

Segundo os números a que a Oxfam teve acesso, o número de pobres no Brasil cresceu 11% num ano, atingindo 15 milhões de pessoas em 2017, ou seja, cerca de 7,2% da população. Ao mesmo tempo, ONG também calculou que o rendimento médio do 1% dos mais ricos do país é 72 vezes maior do que o dos 50% mais pobres.

Desigualdade de rendimentos entre géneros e raças aumentam

Separando dados sobre as características da desigualdade no Brasil, o estudo indica que pela primeira vez em 23 anos o rendimento médio das mulheres caiu em relação ao dos homens, passando de uma proporção de 72% para 70%. A diferença salarial entre negros e brancos também aumentou. Em 2016, os negros ganhavam 57% a menos do que os brancos. No ano passado, esta diferença atenuou para 53% dos rendimentos médios.

"Desigualdades raciais são visíveis dentro de escalões específicos de rendimento. Em média, o rendimento disponível da metade mais pobre da população era de 749 reais [169 euros] em 2016, sendo que brancos pobres ganhavam em média 882 reais [199 euros] e negros pobres 634 reais [143 euros]", pode ler-se.

Em 2017, a média geral para estes grupos era de 804 reais [181 euros], sendo que os brancos da metade mais pobre ganhavam 965 reais [218 euros] enquanto negros do mesmo escalão recebiam 658 reais [148 euros]. Em conclusão, durante o ano passado, os negros pobres ficaram ainda mais pobres, tendo-se registado uma redução do rendimento em 2,5%; em sentido contrário os brancos tiveram um aumento de 3% no rendimento, indica a análise.

No, documento a Oxfam expressa a sua preocupação quanto à estagnação do país no que toca às desigualdades económicas, após 15 anos em foi possível retirar milhões de pessoas da pobreza e avançar na redução de desigualdades". "Essa caminhada estagnou", acrescenta.

"Estamos num momento onde ou retomamos a via de redução das desigualdades ou aprofundamos a separação de brasileiros e brasileiras entre cidadãos e cidadãs de primeira e segunda categoria. Há um longo caminho a ser percorrido para que o país proporcione uma real mobilidade social à sua população", conclui a Oxfam.

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