A mãe do ex-jogador do São Paulo, Daniel Corrêa, encontrado morto no dia 27 do mês passado, revelou à filha do acusado pela autoria do crime, Allana Brittes, pelo WhatsApp, que havia pedido ao filho para não ir a São José dos Pinhais (PR). A conversa entre as duas ocorreu no dia 28 de outubro, um dia após a morte do atleta.
Nas mensagens, Eliana, mãe do rapaz, questionava a jovem sobre o paradeiro do filho e afirmou que ainda chegou a pedir para que ele não fosse à cidade e ficasse com sua filha de 2 anos. Horas depois da troca de mensagens, a imprensa divulgou uma notícia que um corpo tinha sido encontrado no município. Allana afirmou à mãe do jogador que estava indo ao IML com os pais e pediu para que ela ficasse tranquila: "Fica tranquila, por favor". Alguns minutos depois, Eliana enviou um áudio dizendo que acreditava que o corpo era de Daniel.
"Allana, eu acho que é ele sim. Minha irmã já mandou foto de um juiz aí, eu acho que é ele sim, mas Allana, confirma porque estou em estado de choque aqui, parece que estou em um pesadelo, não consigo nem chorar, só consigo ficar com raiva dele, por (sic) eu falei muito para ele não ir, para ele vir e ficar com a filha dele, mas ele não quis, entendeu? É, aí tô com raiva dele ainda, tô com raiva, não sei porque vai mudar isso em mim", disse a mãe do jogador.
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Ao ouvir o áudio, Allana respondeu:
"Meu Deus, eu não acredito nisso. Eu vou ir lá sim. Tô indo já. Tô dentro do carro".
Em seguida, Eliana questiona a jovem: "demora muito ainda?". Minutos depois, a mãe envia outra mensagem: "Lana, não precisa já estamos cientes que é ele mesmo!!!!".
A jovem responde: "Já estava a caminho". E depois: "Não acredito nisso. Me diz que é mentira".
De acordo com as investigações, Allana já sabia que Daniel tinha sido espancado por seu pai, Edison Brittes, mas preferiu mentir para protegê-lo.
A mãe de Daniel respondeu: "Infelizmente. Estamos desesperados". Allana manda a última mensagem do dia 28 de outubro: "Meu deus", escreve.
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ENTENDA O CASO
O jogador do São Paulo, Daniel Corrêa, foi brutalmente assassinado do dia 27 de outubro, durante uma festa na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais. Em depoimento, o suspeito pela morte do jovem, Edison Brittes, afirmou que teria cometido o crime para proteger a esposa de uma tentativa de estupro por parte da vítima. Porém, as investigações descartaram a versão contada por ele, já que o Delegado que está à frente do caso deixou claro que não houve tentativa de estupro por parte do jogador.
A violência com a qual o crime foi cometido chamou a atenção da equipe que investiga o caso. Daniel foi espancado, torturado, teve o pescoço praticamente arrancado e a genitária cortada.
Edison Brittes, a esposa Cristiana e a filha Allana segue presos de forma temporária por 30 dias.
(Com informações do Notícias ao Minuto)
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