Bolsonaro afirma que dará asilo a médicos cubanos

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que vai acolher profissionais de Cuba que optarem pela permanência no Brasil. Ele ainda disse que não pretende acabar com o "Mais Médicos" e ressaltou que profissionais brasileiros e estrangeiros irão substituir os cubanos que estão abandonando o programa. Na última quarta-feira (14), Bolsonaro ressaltou que vai oferecer asilo político aos médicos cubanos que atuam no programa e não queiram regressar a seu país de origem.

A evasão dos médicos iniciou após Bolsonaro acenar possíveis mudanças nas condições de trabalho dos médicos cubanos no Brasil. Os cubanos consideraram "inaceitáveis" as novas regras propostas e anunciou que vai se retirar do programa. Com a decisão, cerca de 8,3 mil médicos deixarão de trabalhar no Brasil e retornarão à Cuba.

"Se eu for o presidente, o cubano que quiser pedir asilo aqui vai ter", assegurou o capitão reformado. Ele ainda ressaltou que os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) ameaçaram deportar os médicos cubanos que pedissem asilo no Brasil. "Não podemos admitir isso", ressaltou. "Temos que dar asilo às pessoas que queiram. Não podemos continuar ameaçando [de expulsão do país] como foi no passado", disse Bolsonaro.

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PROGRAMA MAIS MÉDICOS

O programa é uma iniciativa do governo da ex-presidente Dilma Roussef, com a finalidade de contratar profissionais brasileiros e estrangeiros para oferecer atendimentos médicos à população brasileira em áreas remotas, isoladas e pobres.

Com as declarações consideradas "ameaçadoras e depreciativas" de Bolsonaro, o Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou a retirada dos porfissionais de saúde do programa.

(Com informações do Terra)