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Catador é preso por estuprar e matar estudante que foi pedir informações na casa dele

Um catador de materiais recicláveis de 41 anos foi detido, na manhã desta terça-feira (19), pelo estupro e assassinato de uma estudante de 16 anos, em fevereiro deste ano, após a adolescente ir até a casa dele pedir informações. O homem é suspeito por o

Um catador de materiais recicláveis de 41 anos foi detido, na manhã desta terça-feira (19), pelo estupro e assassinato de uma estudante de 16 anos, em fevereiro deste ano, após a adolescente ir até a casa dele pedir informações. O homem é suspeito por outros dois estupros. O caso ocorreu no município de Feira de Santana, na Bahia.

Segundo a Polícia Civil baiana, o catador Gilmar Dantas dos Santos não resistiu à prisão, confessou o crime e contou detalhes sobre a morte da adolescente.

A prova definitiva para prender Gilmar surgiu na última sexta-feira (15) quando o exame de DNA que analisou o material encontrado embaixo das unhas de Bruna comprovou que o tecido era do catador.

A polícia acredita que a jovem lutou para tentar escapar das agressões e arranhou o assassino, o que permitiu que o DNA dele ficasse nas unhas dela.

Vítima foi pedir informações na casa de catador

Tudo aconteceu no início da noite do dia 18 de fevereiro, um domingo. Bruna morava na cidade de Serra Preta, mas estava em Feira de Santana visitando alguns familiares que moravam na Rua Porto Seguro. A jovem foi ao shopping, passou a tarde com um amigo e depois pegou um táxi de volta para casa.

Não havia ninguém no imóvel quando Bruna retornou, por isso ela resolveu pedir informações para um dos vizinhos da família sobre o paradeiro deles. Era por volta das 19h quando ela parou na porta de Gilmar.

O catador disse à polícia que agarrou Bruna pelas costas. Ela tentou se desvencilhar, mas ele a dominou e a amordaçou. O objetivo era estuprar a estudante, por isso, ele retirou à força o short e a calcinha que ela vestia.

Mesmo amordaçada, a vítima continuou tentando escapar e gritava por socorro e isso deixou Gilmar com receio de que o crime fosse descoberto pelos vizinhos. Ele, então, dominou a adolescente com um ‘mata leão’ e a estrangulou até a morte. Toda a ação durou alguns minutos e ele disse que não teve tempo de consumar o estupro.

Corpo em sacolas

Quando percebeu que a estudante estava morta, ele colocou o corpo dela em dois sacos de linho que usava para guardar os materiais recicláveis e aguardou. Por volta das 20h, pôs o corpo em um carrinho de mão e saiu pela lateral da casa.

O catador continuou caminhando por mais 600 metros até chegar ao matagal onde deixou o corpo da vítima. A vítima foi encontrada três dias depois, em estágio de decomposição.

Investigação

Logo após o desaparecimento de Bruna, o shopping passou a ser o último local em que ela tinha sido vista com vida e o amigo que estava com ela se tornou suspeito do crime. Na época, a mãe do jovem contou que ele estava recebendo ameaças de morte pelas redes sociais. Com medo, o rapaz deixou de ir à escola e evitou sair de casa.

Outros dois homens foram presos suspeitos de participação no crime. Quando o corpo de Bruna foi encontrado, os investigadores descobriram uma testemunha que disse ter visto a estudante parada na porta da casa de Gilmar, por volta das 19h do dia do desaparecimento. A pessoa contou que quando voltou a olhar na mesma direção, poucos minutos depois, a jovem já não estava no mesmo local.

Gilmar foi intimado para depor. Era a primeira sexta-feira após o crime.

O resultado do exame de DNA do material encontrado nas unhas da vítima deu à polícia a prova de que precisava para solicitar um mandado de busca e apreensão e a prisão preventiva do catador, que foram cumpridos por volta das 6h desta terça-feira (19). Gilmar vai permanecer preso por tempo indeterminado.

Catador já tem antecedentes

O delegado informou que Gilmar vai responder por homicídio e estupro porque, mesmo ele dizendo que não teve tempo para cometer o abuso, ele violentou a estudante. O catador será encaminhado nos próximos dias para o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Ele tem esposa e um filho. Os dois não estavam em casa quando o assassinato de Bruna aconteceu.

Gilmar já responde na Justiça por um crime de estupro praticado em 2014, e está sendo investigado por outro crime da mesma natureza, em 2009. As vítimas tinham 25 e 16 anos quando foram abusadas, na cidade de Conceição do Jacuípe.

(Com informações do portal Correio 24 Horas)

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