Justiça exige sacrifício de cachorro e dono pode pagar até R$ 2 mil se não cooperar

O cachorro “Bolinha” teria sido sacrificado se não fosse a intervenção do próprio dono, José do Carmo Neves, que precisou entrar na justiça com unhas e dentes para garantir a apelação.

Tudo aconteceu depois que uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses do município de Pereira Barreto, interior de São Paulo, confirmou que Bolinha é portador de Leishmaniose canina, levando ao órgão decidir pela eutanásia no animal (uma morte sem sofrimento) para garantir que a doença não se espalhe.

A justificativa da equipe, porém, foi refutada pelo dono que afirma que existe um tratamento e ele pode acabar com a doença, não necessitando que o animal seja sacrificado.

José entrou na justiça para ir contra a decisão dos desembargadores da 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Antes de recorrer, a decisão obrigava que o dono do cachorro entregasse o animal sob pena de multa diária de R$ 100 até o limite de R$ 2 mil.

A DOENÇA

Leishmaniose é uma das doenças que mais afeta cães no Brasil. Ela é transmitida pela picada de mosquitos. Os sintomas podem causar problemas dermatológicos, como perda de pelos no focinho, orelha e região dos olhos, além de um crescimento anormal das unhas e emagrecimento progressivo, levando à anorexia. (Com informações do Estadão)