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MP denuncia suspeitos por tatuagem em adolescente

Os dois homens presos por tatuarem a frase “eu sou ladrão e vacilão” na testa de um adolescente de 17 anos foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo na última quarta-feira (21). O pedreiro Ronildo Moreira de Araújo, de 29 anos,

Os dois homens presos por tatuarem a frase “eu sou ladrão e vacilão” na testa de um adolescente de 17 anos foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo na última quarta-feira (21).

O pedreiro Ronildo Moreira de Araújo, de 29 anos, e o tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis, de 27 anos são acusados de ofender a integridade corporal ou a saúde da vítima de forma permanente (artigo 129, §2º, artigo IV do Código Penal).

São acusados também de constranger a vítima “mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a não fazer o que a lei manda” (artigo 146) e de ameaçá-la, “por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave” (artigo 147).

CRIME

De acordo com informações do Ministério Público, o crime ocorreu no último dia 09 de junho. O adolescente, após fazer uso de drogas, entrou na pensão onde moram os dois denunciados e mexeu em uma bicicleta.

O pedreiro Araújo presumiu que ele estivesse tentando roubar a bicicleta, que pertence a um morador do local. Com a ajuda de Carvalho, levou o adolescente para o interior de um cômodo, onde resolveram tatuar na testa dele.

Depois disso, os denunciados ainda cortaram o cabelo da vítima para que ela não pudesse esconder as marcas e gravaram vídeos em que o adolescente é obrigado a dizer que gostou da tatuagem.

Oferecida pela promotora de Justiça Giovana Ortolano Guerreiro Garcia, a denúncia foi apresentada à 5ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, no ABC (SP), cidade onde o crime aconteceu, no dia 31 de maio.

O jovem de 17 anos que foi torturado ficou desaparecido entre o dia do crime e o dia 10 de junho, quando foi encontrado, depois que uma foto e dois vídeos em que ele aparece com a frase tatuada na testa viralizaram nas redes sociais. À Polícia Civil, Araújo e Reis admitiram que torturaram o jovem depois de suspeitarem de que ele havia furtado uma bicicleta.

(Com informações do Ministério Público de São Paulo e do portal Ponte)

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