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Política social de auditório de Huck é manipulação eleitoral, diz Dilma

A ex-presidente Dilma Rousseff criticou, na noite de sexta-feira (12), o que chamou de "política social de auditório" do apresentador da Rede Globo Luciano Huck. A petista discursou em um evento do partido em Porto Alegre. Os dois estiveram nos Estados U

A ex-presidente Dilma Rousseff criticou, na noite de sexta-feira (12), o que chamou de "política social de auditório" do apresentador da Rede Globo Luciano Huck. A petista discursou em um evento do partido em Porto Alegre. Os dois estiveram nos Estados Unidos para a Brazil Conference, evento organizado pela Universidade de Harvard e pelo MIT. Dias antes, ele havia afirmado em entrevista à Folha de S.Paulo que sua geração está pronta para ocupar o poder. "Eu assisti lá em Harvard uma inovação. A inovação é a política social de auditório. Consiste em demonstrar a eficácia de um programa de auditório de um apresentador chamado Luciano Huck." Diante dos risos da plateia, afirmou: "Não riam, isso é real. Ele levou uma das pessoas beneficiadas. Foi aplaudido de pé porque levou uma senhora e ela tinha melhorado de vida". Dilma classificou o fato como "gravíssimo". "É o processo que combina a visão de política social neoliberal com a visão, antes era com a visão do gestor, mas estão caminhando a passos largos para ser com a do animador de auditório." Segundo a ex-presidente, há "nitidamente uma tentativa explícita de manipulação eleitoral pretendida obviamente pela Rede Globo". Dilma mencionou a entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a Folha de S.Paulo, em que ele cita Huck como "o novo" no cenário político para 2018. "Me surpreendeu, com todas as divergências que possamos ter, que o senhor presidente Fernando Henrique Cardoso tenha defendido como sendo uma hipótese eleitoral para o Brasil a compreensão de programas de auditório." DONA MARISA Dilma também falou sobre a Lava Jato e o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro na última quarta-feira (10). Ela chamou de "vilania" a repercussão a respeito da mulher de Lula, dona Marisa, morta neste ano. "É uma vilania o que estão fazendo com o presidente Lula no que se refere à dona Marisa. Eles não a respeitaram em vida. São responsáveis pelo seu sofrimento que levou a sua morte. Mas eles têm que respeitá-la enquanto morta." "É estarrecedor que o Lula, sob o mais violento cerco, mantenha o primeiro lugar para o povo brasileiro", disse sobre a eleição de 2018. "Por que o povo brasileiro não engoliu esse processo de desmoralização [do Lula]? Por um motivo tão simplório: o povo brasileiro não é bobo. Mas a razão real é que nesse um ano ficou claro o real interesse que este golpe sustentou", afirmou, para em seguida mencionar a PEC do teto de gastos e a reforma da Previdência, que chamou de "retrocesso". A ex-presidente afirmou que a "segunda etapa do golpe" é a criminalização do PT e dela. "Pra mim provar que eu não sabia [de pagamento de propina e caixa dois] é a prova negativa, é a coisa mais impossível que tem. Só no processo 470 [mensalão] houve essa definição do que era a prova negativa. Como que eu provo que eu não sei? Só eu sabendo o que quem sabe sabe", disse, arrancando risos. "Não tem um único tostão que eu me apropriei. Não tem um único empresário que pode dizer que me pagou propina." IMPEACHMENT Dilma afirmou que há hoje no país "uma situação de desarmonia absoluta dos Poderes" e uma prevalência do Judiciário sobre os demais. "Membros do Ministério Público xingam membros do Judiciário e, ao mesmo tempo, respostas bastante duras", disse sobre as rusgas entre o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Janot pediu que Mendes seja impedido de atuar no processo sobre Eike Batista. "Quando se dá um golpe parlamentar e se faz um impeachment sem crime de responsabilidade, afetando o Executivo, os outros Poderes também são afetados", afirmou. Dilma disse ainda que o impeachment teve fundamentos frágeis e que abriu caminho ao projeto neoliberal. Também criticou a imprensa que, segundo ela, faz papel do Judiciário ao condenar e absolver. Os senadores do PT Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ) também discursaram no evento que marcou um ano do afastamento de Dilma da Presidência.
(Folhapress)
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