O presidente do Conselho da Odebrecht, Emílio Odebrecht, relatou em depoimento pela operação Lava Jato que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), das pessoas "mais intuitivas" que ele afirma já ter conhecido, negou ao executivo, no passado, ter o perfil estatizante que marcara os discursos dele como líder sindical e candidato à Presidência. Ao cobrar uma posição do petista a respeito de uma possível estatização da Petrobras, teria ouvido de Lula: "você me conhece, não sou de estatizar".
O depoimento do ex-executivo, pai de Marcelo Odebrecht, teve o sigilo levantado esta semana pelo relator dos processos da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin. Ao todo, são 77 os delatores que esmiúçam, em detalhes, o esquema de pagamentos de caixa 2 e propina por parte da empreiteira a quase uma centena de políticos.
Em um dos trechos do depoimento, Emílio relata um diálogo que mantivera com o general Golbery do Couto e Silva, nome forte da ditadura no Brasil, em que o militar teria descrito Lula da seguinte forma: "Emílio, o Lula não tem nada de esquerda. Ele é um bon vivant". Aos procuradores, o presidente do Conselho da Odebrecht diz concordar com a análise: "É verdade – ele [Lula] gosta da vida boa, uma cachacinha [...]. A coisa que ele mais quer é ver a população carente sem prejuízo, essa é que é a visão mais correta dele. Não é tirar de um para dar ao outro, não, [mas] como pode, aquele que pode, ajudar o outro a crescer", disse.
(Com informações do portal UOL)
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