Helder nega acusações de delator

Ontem, foi divulgado um vídeo no qual Fernando Reis, executivo da Odebrecht, acusa, em delação premiada na operação Lava Jato, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, de ter recebido R$ 1,5 milhão do Departamento de Operações Estruturadas da empresa. Segundo o delator, o fato teria ocorrido em 2014, na campanha eleitoral de Helder ao Governo do Pará.

No vídeo, Reis diz que, de acordo com informações de outro executivo da Odebrecht - Mário Amaro -, os supostos pagamentos eram realizados com a participação do ex-senador Luiz Otávio Campos. Ele também declarou que, à época da campanha, Helder e Amaro se encontraram, num hotel de São Paulo.

Em resposta às acusações, o ministro Helder divulgou uma nota oficial (leia abaixo), na qual afirma não ter cometido qualquer ilegalidade e refuta “a absurda história contada pelo delator Mário Amaro”. Helder destaca, ainda, que, ao longo da campanha de 2014, na condição de candidato, teve encontros com representantes de diversas empresas, com o objetivo de obter doações legais.

DOAÇÕES LEGAIS

A nota divulgada por Helder esclarece, também, que todos os recursos recebidos por sua campanha - inclusive as doações da Odebrecht - foram devidamente registrados junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, que aprovou todas as suas contas.

“As investigações da Lava Jato trarão a verdade à tona. O que se sabe, com certeza, é que todos os delatores da operação são criminosos e réus confessos”, afirma o advogado Alex Centeno.

Em sua resposta às acusações do delator, o ministro da Integração Nacional lembrou, ainda, que o governador do Pará, Simão Jatene - seu adversário na campanha eleitoral de 2014 -, também recebeu doações do Grupo Odebrecht.

(Diário do Pará)