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"Negão do Whatsapp" ganha prêmio e gera polêmica

Dois homens brancos fantasiados de negros e com falsos pênis gigantescos venceram um prêmio de melhor fantasia no concurso Carvalheira Fantasy, realizado no último sábado (18) em Recife –PE. No entanto, a premiação acabou rendendo mais do que comemoração

Dois homens brancos fantasiados de negros e com falsos pênis gigantescos venceram um prêmio de melhor fantasia no concurso Carvalheira Fantasy, realizado no último sábado (18) em Recife –PE.

No entanto, a premiação acabou rendendo mais do que comemoração e folia, mas também muita polêmica e acusações de racismo por parte de alguns movimentos sociais.

Rodrigo e Edgar Paiva Jr. se fantasiaram de “Negão do Whatsapp”, personagem que circula com frequência em memes pelo aplicativo. Eles pintaram o rosto e o corpo com tinta preta e ainda amarraram um pênis negro gigante na cintura. Com o prêmio de melhor fantasia, ganharam uma viagem à Fernando de Noronha.

O caso foi duramente comentado por especialistas em questões raciais, como a pesquisadora Djamila Ribeiro. Ela afirmou, em sua coluna na revista Carta Capital, que há uma conotação negativa na representação do pênis negro como algo gigante e “monstruoso”. Djamila acusou a caracterização dos vencedores foi uma manifestação de “Blackface”, prática historicamente associada ao racismo.

“A produtora Padrão Carvalheira, do Recife, realiza um concurso todos os anos. A ‘fantasia’ vencedora foi a de homens brancos fazendo blackface e com pênis enormes, personificando o estereótipo racista de que negros são ‘bem dotados’, ou melhor, reduzindo seres humanos a seus órgãos genitais. Além de ser racista, desumaniza o homem negro”, escreveu.

O que é o blackface e porque ele é ofensivo

O termo blackface surgiu nos EUA no século 19. É uma referência à prática teatral de atores brancos que se pintavam para representar, de forma exagerada e estereotipada, a população negra.

O público, formado por escravocratas brancos, ria e aplaudia. O blackface era muito comum nos shows de menestréis entre 1830 e 1890. Os atores normalmente passavam carvão no rosto, tinta vermelha na boca (para fazer lábios enormes) e usavam roupas espalhafatosas. Eles falavam um “dialeto” próprio, diferente dos personagens brancos, que falavam inglês.

A prática foi se desgastando, junto aos menestréis, e perdeu força. No entanto deixou resquícios fortes, perpetuados em desenhos animados e filmes.

(Com informações de O Povo)

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