Os homens da Força Nacional desembarcaram na madrugada desta terça-feira (10) em Manaus para ajudar a controlar a crise nos presídios. Eles chegaram em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) com viaturas e equipamentos por volta das 4h55. Uma segunda aeronave é prevista para pousar às 9h45.
A autorização de envio dos militares para o Amazonas e Roraima ocorreu sob cobrança de governadores ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, serão cem homens para cada Estado. Eles não atuarão dentro das penitenciárias, mas nas ruas, no perímetro das cadeias.
A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), havia solicitado o reforço da Força Nacional, vinculada ao Ministério da Justiça. Em uma carta, ela reconheceu que o seu governo não pode "garantir a integridade física" dos presidiários de "forma plena". Sob essa justificativa, solicita "em caráter de urgência" maior auxílio financeiro para financiar construções em duas penitenciárias do Estado.
Na semana passada, o governo anunciou a construção de cinco presídios federais, o que seria suficiente para preencher apenas 0,4% do atual deficit de cerca de 250 mil vagas no sistema prisional. Para acabar com o deficit, seriam necessários de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões –ante um custo aproximado de R$ 45 mil por vaga (segundo o governo federal).
Moraes disse que o governo federal autorizou Roraima a usar R$ 9,9 milhões de seu orçamento para ampliar em 660 vagas a cadeia pública de Boa Vista.
Segundo o ministro, sua pasta ainda atendeu a pedidos de mais cinco Estados: Acre, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. A ajuda envolve recursos, equipamentos e transferência de presos, entre outros. Moraes afirmou que nem todos os pedidos chegaram por ofício, mas já foram feitos informalmente.
(Folhapress)
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