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Rebelião tem corpos esquartejados e sem cabeça

Ao chegar ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na noite deste domingo (1), o juiz da Vara de Execuções Criminais do Amazonas, Luís Carlos Valois, que havia sido acionado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas para intervir

Ao chegar ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na noite deste domingo (1), o juiz da Vara de Execuções Criminais do Amazonas, Luís Carlos Valois, que havia sido acionado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas para intervir junto aos detentos, definiu o episódio como uma "barbárie" e "cena dantesca".

Neste domingo, 55 presos morreram no complexo, na que pode ser considerada a maior matança em presídios desde o episódio do Carandiru, em São Paulo, que deixou 111 mortos.

"Uma pilha de corpos, alguns esquartejados, sem braço, perna e sem cabeça, uma cena Dantesca! Nunca vi um negócio tão horrível", disse Valois à reportagem.

Depois dos assassinatos, segundo o juiz, os próprios presos retiraram os corpos do pátio e os colocaram na entrada da penitenciária. Em seguida, soltaram os reféns restantes e foram para as respectivas celas.

De acordo com o juiz, como as mortes já tinham acontecido, sua atuação se centrou em intervir pelos reféns, usando o respeito que os detentos têm por ele.

"Como eu sou o juiz da Vara de Execução Penal e aquela é uma penitenciaria que só tem condenado, 90% dos processos são meus. Então eu tenho autoridade. Avisei que estava lá porque tem pessoas correndo risco de vida. E eles têm que ter respeito por mim." O juiz conseguiu a liberação de três dos reféns.

No entanto, ainda segundo Valois, os detentos pediram para aguardar até as sete horas da manhã desta segunda para liberação dos outros reféns.

Ele lembra que, na negociação, a principal preocupação dos presos era com a integridade física deles. "Não queriam que a polícia de choque entrasse. Mas os convenci. Eles haviam cortado uma cerca e invadido o espaço dos presos que cumprem pena no regime semiaberto e quando a polícia de choque entrou e reorganizou os espaços."

Maior complexo prisional do Amazonas, o Compaj enfrenta superlotação. Na unidade onde ocorreram as mortes, havia 1.224 homens, o triplo da capacidade (de 454 vagas), segundo dados do mês passado do governo estadual. No Compaj ainda há duas unidades –para presos de semi aberto e outra de regime fechado feminino. O Amazonas possui 11 unidades prisionais.

(Folhapress)

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