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PF cumpre buscas em gráficas de campanha

A Polícia Federal cumpre nesta terça (27) mandados de busca e apreensão nas gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, que prestaram serviços à campanha da chapa presidencial de Dilma Rousseff-Michel Temer na campanha de 2014. Os mandados estão sendo cumpridos nas

A Polícia Federal cumpre nesta terça (27) mandados de busca e apreensão nas gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, que prestaram serviços à campanha da chapa presidencial de Dilma Rousseff-Michel Temer na campanha de 2014. Os mandados estão sendo cumpridos nas sedes das empresas em São Paulo.

A operação foi autorizada pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e investiga se a campanha foi financiada com dinheiro público desviado. Segundo o TSE, estão sendo cumpridos mandados em cerca de 20 localidades nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais.

O objetivo da operação, segundo a decisão judicial, é investigar as movimentações financeiras das empresas mencionadas e apurar se elas tinham capacidade operacional para realizar os serviços para os quais foram contratadas na campanha eleitoral.

A reportagem apurou com uma pessoa da vizinhança que a VTPB não possui equipamentos de gráfica e que o local é usado apenas para armazenar materiais.

Em nota, o TSE informou que Benjamin também autorizou a quebra do sigilo fiscal de 15 pessoas físicas e jurídicas que, a partir do relatório de análise de movimentação bancária, "demonstraram maiores indícios de irregularidades nos dispêndios eleitorais". No entanto, o juiz proibiu que os envolvidos fossem levados coercitivamente para depor e determinou que os policiais cumprissem os mandados descaracterizados. A força-tarefa do TSE que trabalha no caso identificou indícios de "fortes traços de fraude e desvio de recursos" na prestação de contas das gráficas.

Localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a Focal Confecção e Comunicação Visual foi a segunda maior fornecedora da campanha de Dilma e tem motorista como sócio. A empresa recebeu R$ 24 milhões da campanha, só ficando atrás da companhia do marqueteiro João Santana, destinatária de R$ 70 milhões, de acordo com dados oficiais prestados ao TSE.

O empresário Carlos Cortegoso, pai de sócia da Focal, foi interrogado pela PF em agosto na Operação Custo Brasil, desdobramento da Operação Lava Jato. No depoimento, ele disse que recebeu R$ 300 mil de empresa investigada na Custo Brasil e que o dinheiro visava abater uma dívida de campanha do PT.

Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, chegaram a ser presos na 23ª fase da Lava Jato, em fevereiro, sob suspeita de receber no exterior dinheiro desviado da Petrobras. Ambos viraram réus em abril. A soltura do casal foi determinada mediante uma fiança de R$ 31,5 milhões -R$ 28,76 milhões para Mônica e R$ 2,76 milhões para Santana.

OUTRO LADO

A reportagem tentou contato por telefone com as gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, mas não teve as chamadas atendidas. Em Maceió para o lançamento de um programa de combate às consequências da estiagem, o presidente Michel Temer disse que "não há preocupação" com a operação."É um processo natural numa investigação, que segue adiante com depoimentos e perícias", disse o peemedebista, durante entrevista coletiva.Na semana passada, Temer falou publicamente do processo de cassação que corre no TSE e disse que irá recorrer com "recursos e mais recursos" caso a ação seja julgada procedente.

Flávio Caetano, advogado da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmou por meio de comunicado à imprensa que "todas as empresas contratadas pela chapa Dilma-Temer atenderam aos requisitos legais de regularidade jurídica e de capacidade operacional, com a integral prestação dos serviços contratados, respeitados os critérios de preço de mercado, qualidade e quantidade do produto, e prazo de entrega".

A nota afirma ainda que as três gráficas que são alvos da operação desta terça prestaram serviços em campanhas eleitorais anteriores e para outros partidos políticos além do PT. Ele cita como exemplo a gráfica VTPB, que, segundo Caetano, prestou serviços às campanhas de Aécio Neves para presidência e de José Serra para o Senado nas eleições de 2014.

Segundo o advogado, a defesa de Dilma Rousseff juntou aos autos mais de 8.000 documentos "que ainda não foram devidamente analisados pelos peritos judiciais e que comprovam cabalmente a regularidade dos serviços prestados". "Causa perplexidade que, decorridos quase dois anos de intensa investigação pelo TSE, seja proferida decisão judicial, a ser cumprida no período de recesso do Poder Judiciário e sem qualquer fundamento de urgência", afirmou Caetano sobre a data da realização da operação.

O advogado abordou ainda a retificação do depoimento do ex-presidente da Andrade Gutierrez e delator da Lava Jato Otávio Azevedo, que afirmou em novo depoimento dado no TSE em novembro que não houve pagamento de propina por parte da empresa para a chama Dilma-Temer.

"Assim como a atuação da defesa de Dilma Rousseff foi fundamental para demonstrar o falso testemunho à Justiça Eleitoral praticado pelo sr. Otavio Azevedo, deve-se assegurar o respeito ao contraditório e ampla defesa para que, uma vez mais, seja demonstrada a regularidade das despesas realizadas pela chapa Dilma-Temer em relação às empresas periciadas".

(Folhapress)

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