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Era Testemunha de Jeová, mas virou funkeira

Hoje funkeira, MC Linn da Quebrada hoje assume tranquilamente sua sexualidade. Mas nem sempre foi assim. Em entrevista à BBC Brasil, a funkeira revela ter sido Testemunha de Jeová durante a infância e parte da adolescência, e diz que a doutrina reprimia

Hoje funkeira, MC Linn da Quebrada hoje assume tranquilamente sua sexualidade. Mas nem sempre foi assim.

Em entrevista à BBC Brasil, a funkeira revela ter sido Testemunha de Jeová durante a infância e parte da adolescência, e diz que a doutrina reprimia seus desejos.

Após revelar suas preferências sexuais (a funkeira é transsexual), Linn resolveu largar a doutrina religiosa e tentar carreira musical no funk.

Em suas letras, MC Linn, que hoje tem 25 anos, não fala só sobre os direitos TLGB (Transexuais, Lésbicas, Gays e Bissexuais), mas trata também do direito de ser afeminada, como ela coloca em uma das suas músicas com conteúdo bem explícito e cujos videoclipes já ultrapassaram as cem mil visualizações no YouTube.

"Passei uma vida inteira ouvindo que 'ser viado não é uma coisa legal', que ser travesti é perigoso e vai trazer problemas. E eu não estou dizendo que é fácil, mas que é possível e lindo ser transviada, é uma possibilidade feliz”, desabafa a cantora.

Hoje mais segura, Linn não vê problemas em falar com sinceridade sobre seus tempos religiosos.

"A Igreja me privava dos meus desejos. Era como se meu corpo não me pertencesse. Até eu tomar o bastião de liberdade há alguns anos e me assumir", conta.

Ela chegou a fazer alguns raps, mas foi no funk que encontrou a melhor forma de se expressar.

"Eu vivi na periferia com minha mãe, e lá a música comunica - música como o funk, o samba, de preto e preta, de linguagem direta, que movimenta o corpo. Também ali tive contato com as músicas TLGB, músicas de bicha, que estão nas baladas. E percebi que esse tipo de música me movimentava mas estava somente relacionada ao universo machista. E por acreditar que a música também é um espaço a ser ocupado e contaminado, por que não eu fazer algo que eu quisesse ouvir? Foi aí que eu decidi começar meu trabalho com as minhas histórias."

'Terrorista de gênero'

Ativista, MC Linn colaborou com a formação da ONG Atravessa (Associação de Travestis de Santo André) e se considera "bicha, trans, preta e periférica. Nem ator, nem atriz, atroz. Performer e terrorista de gênero".

Questionada pela reportagem da BBC sobre a necessidade de ser uma "terrorista" nesse sentido, ela responde com outra pergunta: "Será que não fomos por tempo demais inofensivas? Não está na hora de a gente passar a dar medo, a assustar? E também a se assustar, se pôr em risco? Por isso me coloco nessa posição: eu quero duvidar da imagem consolidada há tanto tempo no espelho. Eu quebro esse espelho para que possa me reinventar. É preciso ter muita coragem para sair como eu saio na rua, porque as pessoas não matam só com faca ou com balas. O discurso também mata. Os olhares pelas ruas também nos matam e nos oprimem, e é preciso que todos os dias eu mesma me encoraje para poder ser".

(Com informações da BBC)

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