Criança de 11 anos é morta a tiros por policiais

Um garoto de 11 anos foi morto a tiros por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em uma suposta perseguição policial na cidade de São Paulo, na madrugada deste domingo (26). O guarda acusado dos tiros foi autuado em flagrante por homicídio culposo (sem intenção de matar) e vai responder em liberdade, após pagamento de fiança.

Segundo informações da Polícia Civil de São Paulo, o menino de 11 anos e outros dois assaltantes cometiam roubos contra moradores do bairro Cidade Tirantes. Uma suposta vítima dos três acusados avisou uma viatura da GCM, que estava com três guardas, e foi iniciada uma perseguição.

Os três suspeitos estavam em um veículo Chevette e não teriam obedecido a ordem de parada, dada pelos guardas da GCM. Um dos agentes, então, atirou quatro vezes contra o veículo. Os tiros acertaram um vidro traseiro e um dos pneus.

O veículo dos suspeitos parou em uma rua próxima a uma quermesse e dois deles fugiram a pé. Os frequentadores da festa notaram que havia uma criança baleada, agonizando dentro do carro. O menino foi levado para um hospital da região, mas não resistiu.

O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado responsável pelas investigações apreendeu o carro dos ladrões e encaminhou para perícia. Inicialmente, não há indícios de que os ocupantes do veículo atiraram contra os guardas. Nenhuma arma foi localizada.

A mãe do menino afirmou, na delegacia, que ele nasceu na Bahia, era usuário de drogas e envolvidos com más companhias. Por meio de nota, a Prefeitura de São Paulo informou que os guardas envolvidos no caso foram afastados das funções, e que vai apurar a conduta deles.

SEGUNDO CASO

Este é o segundo caso em menos de um mês em que agentes de segurança pública de São Paulo matam crianças suspeitas de envolvimento em delitos criminosos. O primeiro ocorreu em 2 de junho e terminou com a morte de um menino de 10 anos na Vila Andrade, zona sul. O caso ainda é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

(Com informações do Estadão)