“Um estupro à Constituição”. Essa é a opinião do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Lavenère, sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele, que foi um dos autores do pedido de impeachment do ex-presidente Collor, em 1992, afirma que o pedido foi “equivocado”.
Segundo reportagem do UOL, o advogado considera o processo sobre a saída de Dilma uma “disputa político-partidária”. Nem mesmo o novo pedido de impeachment feito pela OAB, com base nos dados da delação premiada do senador Delcídio do Amaral e no grampo telefônico entre Dilma e Lula, escapou de críticas.
"Primeiro a OAB não pode fazer um pedido com base em delação premiada, ainda mais nas condições em que estão ocorrendo hoje: prende, ameaça a pessoa e diz que, se ela não falar, ficará 30 anos na cadeia. Fazer isso é a negação do instituto da delação. Outra: não vejo nenhum motivo para que o ex-presidente Lula não possa ser ministro. É um ato de escolha dela [de Dilma]. Espero que o STF [Supremo Tribunal Federal] modifique uma decisão de um ministro [Gilmar Mendes] que não tem o mínimo de equilíbrio para julgar. Ele deveria, por uma questão de ética, se colocar impedido de julgar", afirmou Lavenère.
(Com informações do UOL)
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