A presidente Dilma Rousseff entrou nesta quarta-feira (2) em uma discussão que tem gerado polêmica pelo país: o Uber, aplicativo que conecta motoristas de veículos de alto padrão a passageiros e tem disputado espaço com os táxis nas grandes cidades.
Segundo a presidente, o serviço "é uma polêmica" que "tira emprego de muitas pessoas". Logo após fazer a declaração, depois de uma cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma apressou-se em ponderar que a regulamentação não é de responsabilidade da União e deve ser discutida em cada cidade e Estados.
"Não é uma coisa tranquila. Depende também da regulamentação de cada cidade, cada Estado. Não é a União que decide isso. Ele [Uber] tira os taxistas do seu emprego", afirmou. Questionada por jornalistas, a presidente reconheceu ainda que o aplicativo representa avanços tecnológicos que têm provocado mudanças em todo o mundo.
"Você sempre tem de pesar, de ter posição mais ponderada. É óbvio que tecnologia sempre produziu isso no mundo. Meu avô era seleiro, você imagina o que aconteceu com emprego dele quando apareceram os carros. A vida é assim", completou.
UBER
Desde sua chegada ao Brasil, em julho de 2014, o Uber tem causado reações fortes. O serviço de transporte funciona por meio de um aplicativo no qual passageiro e motorista se cadastram.
O primeiro recruta o segundo pelo smartphone, assim como acontece com os aplicativos de táxi. O funcionamento é parecido ao de um táxi. A diferença, aparentemente sutil, está por trás de uma polêmica que levou a empresa à Justiça, causou a apreensão de veículos e faz o sindicato dos taxistas ameaçar uma paralisação geral.
Estados e municípios têm discutido a legalidade do aplicativo.
(Folhapress)
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