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Helder destaca a importância e desafios da Pesca

Já oficialmente ministro da Pesca, Helder Barbalho discursou nesta sexta-feira (02), durante a transmissão de cargo pela manhã, sobre a importância do setor e os novos desafios que deverão ser enfrentados. Primeiro paraense a assumir um ministério em 2

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Já oficialmente ministro da Pesca, Helder Barbalho discursou nesta sexta-feira (02), durante a transmissão de cargo pela manhã, sobre a importância do setor e os novos desafios que deverão ser enfrentados.

Primeiro paraense a assumir um ministério em 20 anos, Helder abordou o potencial do setor pesqueiro nacional e o papel fundamental que possui na economia brasileira.

Leia abaixo o discurso de posse de Helder Barbalho na íntegra:

Ex-ministro Eduardo Lopes (esquerda) entrega o pin para Helder Barbalho. (Foto: Divulgação)

“Senhoras e senhores,

Este é um dos dias mais importantes da minha vida. Assumo o cargo de Ministro do meu País em mais um importante momento de sua história. Eu não poderia me sentir mais honrado e agradecido com o convite.

Agradeço à Presidenta Dilma. Com sua liderança e seu espírito público tenho a certeza que ela vai conduzir o Brasil a vencer dificuldades e dar novos passos para construir o País que todos nós queremos.

A Presidenta sabe que aqui terá um Ministro comprometido com a busca de resultados que nos permitirão combater a fome e a miséria, fortalecer, ampliar e baratear a nossa produção, dando cada vez mais sustentabilidade à pesca e aquicultura brasileiras. E esses são apenas alguns dos nossos principais desafios.

Quero agradecer também ao meu partido, o PMDB, pela indicação do meu nome. O partido sempre se fez presente e deu a sua contribuição ao processo democrático brasileiro.

Como no movimento das Diretas com o doutor Ulysses Guimarães e na sustentação política aos governos que fizeram o Brasil crescer, tirar da miséria mais de 36 milhões de pessoas e ser respeitado no exterior. E mais uma vez, agora no Ministério da Pesca e Aquicultura, vamos nos dedicar a fazer um Brasil cada vez melhor para os brasileiros.

Agradeço também ao vice-presidente da República Michel Temer, ao senador Renan Calheiros, Presidente do Congresso Nacional, ao senador Eunício Oliveira, líder do partido no Senado, ao deputado federal Henrique Alves, Presidente da Câmara, ao deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara Federal, pela confiança que depositam em mim.

Ao senador Jader Barbalho, meu pai, abro um capítulo especial. Igual a qualquer filho, sei da sua importância para o que estou vivendo hoje. E só tenho a agradecer.

Agradeço também ao meu estado, o Pará. A ele dedico a minha vida e foi pela confiança do nosso povo, que acreditou em uma proposta de fazer do Pará um estado mais justo e solidário, que eu adquiri a estatura política para estar aqui hoje. Obrigado, Pará. No cargo de ministro vou continuar lutando por tudo aquilo que acreditamos.

O Pará é uma síntese do Brasil. Se por um lado somos uma província mineral com enorme potencial hidrelétrico, agropecuário e pesqueiro em nossos rios e litoral, por outro temos a responsabilidade de fazer a nossa parte para preservar uma fatia importante da biodiversidade do mundo.

Se por um lado atraímos indústrias dos mais diversos perfis, por outro, precisamos assegurar o sustento de famílias que vivem das mesmas atividades. Além de garantir a geração de emprego, seus direitos trabalhistas, a sua inclusão por meio de programas sociais, o acesso à educação, à saúde entre outros.

É exatamente este conhecimento próximo de realidades algumas vezes conflitantes e por viver de perto a necessidade de fazer produção e preservação andarem juntas que, ao assumir a pasta da Pesca e Aquicultura, proponho desde já uma sinergia com os meus colegas ministros do Meio Ambiente, Trabalho,Saúde, Educação, Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Ciência e Tecnologia.

A ideia é transversalizar políticas, fortalecer o setor tanto para produtores industriais quanto para pescadores artesanais que, a exemplo da agricultura familiar, devem contar com o apoio cada vez maior de pesquisas para aumentar a sua produção.

Se o Brasil é uma pátria educadora, como anunciou ontem a Presidenta Dilma no seu discurso de posse, chegou a hora de mostrarmos o caminho. Nós podemos e, juntos, vamos conseguir. Em benefício de todos mas, principalmente, dos pescadores artesanais, que são a maioria absoluta dos brasileiros que trabalham nesta área.

Investir em pesquisas, e na coleta de dados estatísticos, também será fundamental para conhecermos de fato o tamanho da nossa produção e as espécies que vivem em nossos rios e mares. Conhecer é sempre o primeiro passo para produzir e preservar.

Este é só um exemplo do quanto podemos fazer otimizando recursos, conquistando os resultados que o País quer e precisa.

Trabalhamos com uma meta: produzir 20 milhões de toneladas de pescado por ano. Capacidade para isso nós temos. O Brasil possui 8.500 quilômetros de costa marítima, o maior volume de água doce do planeta e potencial para ser um dos cinco principais produtores de pescado do mundo.

O que precisamos é induzir e incentivar o nosso crescimento, fortalecendo e aperfeiçoando as ações em todo o escopo da nossa atuação: a pesca Industrial, artesanal, aquicultura em água salgada e doce, com especial atenção à cultura do camarão. E o principal instrumento para isso é o Plano Safra da Pesca e Aquicultura.

Com ele, lançaremos as bases e definiremos os caminhos para avanços na cadeia produtiva. Como aumentar a nossa capacidade de produção, modernizar as instalações, renovar a frota pesqueira (sem esquecer o subsídio para a compra de óleo dieesel), adquirir máquinas e equipamentos, facilitar o acesso a linhas de crédito e, assim, ampliar a contribuição do setor na balança comercial brasileira.

Um outro desafio diretamente ligado ao aumento da produção, é o crescimento do consumo interno. Vamos intensificar as campanhas com este objetivo ao mesmo tempo em que trabalharemos para tornar o pescado mais acessível aos bolsos dos brasileiros, garantindo mais espaço na mesa de cada um de nós.

O momento é de compromisso e união. Desde os nossos bancos de fomento, como o BNDES, que leva as linhas de crédito aos produtores, até o terceiro setor, tão importante para chegar onde governo nenhum chega, o que no caso da pesca e da aquicultura é uma realidade.

Esta união também pode nos ajudar a não perder grandes oportunidades, tanto comerciais quanto de defesa do meio ambiente, como no caso da cadeia produtiva do peixe. Precisamos nos educar para uma cultura deutilização máxima de carcaças, cabeças, caudas, restos de filetagem; enfim, todas as sobras do processo de beneficiamento.

Isto possibilita agregar valor nutritivo a produtos que não tem proteínas nem sais minerais. Os resíduos de peixes ainda podem ser matéria-prima de roupas, sapatos, bolsas e muito mais. O que gera mais empregos, mais renda e reduz o impacto ambiental no descarte. A exemplo do que já acontece em outros países que chegam à utilização de quase 100% do pescado.

A união de todos os membros do setor também vai nos ajudar a manter um olhar atento às especificidades de cada bacia, facilitando na sugestão, aprimoramento e execução de políticas.

Neste momento convoco ainda os colaboradores do Ministério. Mais do que meus auxiliares, vocês são decisivos para colocar em prática e fazer funcionar as nossas melhores ideias. Sem a colaboração de vocês é impossível termos sucesso. Por isso, conto desde já com suas experiências e seus compromissos.

As portas desta Pasta sempre estarão abertas ao diálogo. Faço um chamamento a todos que vivem da Pesca e Aquicultura em nosso país. Convido desde o mais solitário pescador que enfrenta nossos rios e mares, as colônias (com seus familiares) desses valentes trabalhadores, suas cooperativas e a indústria de nosso setor para que somemos esforços com o objetivo de içarmos, ao lugar que lhe é devido, essa relevante atividade econômica.

Por fim, quero dizer que não vim aqui cumprir um estágio na busca de novos cargos no futuro. Vim aqui para servir o meu País na plenitude de minha capacidade. Estou muito feliz de poder abraçar este projeto que é, sem dúvida, o maior de minha vida. E ao final espero mostrar que estive a altura dele.

A presidenta Dilma e o Brasil podem contar comigo. E que Deus nos ilumine.

Muito obrigado.”

(DOL com informações de Luiza Mello/Diário do Pará)

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