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Veja como foi o primeiro debate dos candidatos

Veja como foi o primeiro debate entre os candidatos à presidência do Brasil, promovido pela Band e transmissão pela RBATV, na noite desta terça-feira (26). CHEGADA A presidente Dilma, candidata à reeleição pelo PT, foi a última a chegar à sede do Grupo

Veja como foi o primeiro debate entre os candidatos à presidência do Brasil, promovido pela Band e transmissão pela RBATV, na noite desta terça-feira (26).

CHEGADA

A presidente Dilma, candidata à reeleição pelo PT, foi a última a chegar à sede do Grupo Bandeirantes para participar do primeiro debate entre os presidenciáveis da eleição de 2014. Já Levy Fidelix (PRTB) foi o primeiro a chegar à sede da emissora. O debate começou pontualmente às 22h.

A candidata Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) chegaram acompanhados de assessores e evitaram falar da pesquisa eleitoral do Ibope e divulgada nesta terça-feira (26).

Luciana Genro (PSOL) chegou acompanhada do deputado federal Jean Wyllys, do mesmo partido. Pastor Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge (PV) também ficaram juntos com seus assessores, aguardando o início do debate.

PRIMEIRO BLOCO

No primeiro bloco os candidatos responderam uma pergunta sobre criminalidade enviada por um leitor do jornal Metro. “Segundo relatório da ONU são brasileiras 11 das 50 cidades mais violentas do Mundo. Qual sua proposta para diminuir a criminalidade e o poder das facções nos presídios?”

“Nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública, capacitando a polícia de todos os estados com inteligência, equipamento. Devolveremos a dignidade para os profissionais. Ainda vamos criar uma força tarefa para restabelecer a ordem no país", disse o Pastor Everaldo.

Já a candidata Luciana Genro afirmou que irá investir nas polícias.

"Não há apoio para a segurança pública. Precisamos fazer um pacto que respeito os direitos humanos e o combate da criminalidade", disse Marina Silva.

Para Aécio Neves, “uma política de segurança pública comandada pelo governo federal é essencial".

"A segurança pública é de competência dos estados, mas consideramos que isso deve ser mudado. Os estados não podem atuar de forma fragmentada porque o crime organizado atua de forma coordenada em todo o país”, disse Dilma Rousseff, lembrando que na Copa, ação foi sucesso na apreensão de drogas e de armas.

SEGUNDO BLOCO

O segundo bloco do debate começou com perguntas entre os candidatos. Marina Silva perguntou à candidata Dilma sobre os pactos prometidos durante as manifestações de julho.

Segundo Dilma, tudo deu certo. “Nós apresentamos 5 pactos, o primeiro foi pela educação. Por esse nós nos comprometemos a aprovar uma lei que destinava 75% dos royalties do petróleo para educação, nós aprovamos essa lei e ela é uma base para educação, tanto básica até a pós-graduação”, explicou.

Luciana Genro (PSOL), lembrou a violência contra homossexuais. A pergunta feita ao pastor Everaldo foi junto com uma reclamação. “Estou frustrada porque ninguém me perguntou. Vou perguntar para o Everaldo, a quem eu chamo de "Everaldo" porque não gosto de misturar política e religião. O senhor não se sente culpado pelas mortes de homosexuais que foram assassinados por preconceito?”

O candidato do PSC respondeu: “Nunca tive preconceito, nunca fui responsável por morte nenhuma. Acredito que, tenho muita honra, sou chamado desde a juventude de Pastor. [sic] Dignidade, capacitação e salário digno para melhorar a educação para as crianças, que saem da escola sem saber ler e escrever, sem discriminar ninguém. Venho militando desde 1981, nunca discriminei ninguém, independente de sua raça, credo, religião, condição social”, disse.

Luciana Genro avisou que não chamará o candidato Pastor Everaldo (PSC) de pastor, por achar impróprio misturar religião e política.

TERCEIRO BLOCO

Na dinâmica do terceiro bloco, jornalistas fizeram perguntas a um dos presidenciáveis e escolheram outro candidato para replicar a resposta.

O jornalista Boris Casoy começou perguntando para Dilma Rousseff: “A economia vive um momento preocupante, com crescimento baixíssimo e inflação alta. Se eleita, a senhora vai manter ou alterar a política econômica?”.

Dilma disse que o Brasil enfrenta uma das mais graves crises internacionais. “Ao enfrentar, nos recusamos a velha receita, onde se desempregava, arrochava, aumentava impostos e tarifas”, afirmou. “Nós mantivemos o nível de emprego no momento que o mundo inteiro desemprega, nós mantivemos a inflação onde esteve nos últimos 9 anos, no limite da banda da meta. Nós criamos as condições para o novo ciclo de crescimento, nós investimos em infraestrutura e educação, hoje é inequívoco que há muito mais oportunidades, os filhos de trabalhador pode ser doutor, com acesso a educação.”

O candidato Aécio Neves foi o escolhido para a réplica. “Nós temos agora uma chance de confrontar o Brasil virtual com o Brasil real. As pessoas queriam morar no Brasil da propaganda do PT. Você vai na feira hoje e compra, com o mesmo dinheiro, as coisas que comprava há seis meses? Se a resposta for positiva, a presidente merece um novo mandato. Se for negativa, está na hora de uma gestão responsável”.

Na pergunta de outro jornalista, Dilma questionou Marina: “Gostaria muito de saber quais ministério iriam ser fechados. Acredito que as pessoas têm sim que ter visão estratégica”. E a candidata do PSB retrucou: “Presidente precisa ter legitimidade, gozar da credibilidade que ele é capaz de mediar os interesses. É dessa forma que eu pretendo governar o Brasil. Com visão estratégica e capacidade de diálogo. Os ministérios são todos indicados por partidos no toma lá da cá”.

A questão indígena também foi lembrada neste bloco. “Minha política indigenista seria a demarcação imediata das terras indígenas. O conflito entre índios e agricultores deve ser resolvido de forma pacífica”, disse Luciana Genro.

QUARTO BLOCO

O quarto bloco do primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República, candidato perguntou para candidato novamente.

Aécio começou perguntando para Dilma sobre a Petrobrás. “A nossa maior empresa perdeu metade do seu valor de mercado apenas nos últimos sete anos. Ocupa mais as páginas de escândalos dos jornais do que as páginas de economia. A senhora não quer aproveitar esse tempo para pedir desculpas ao povo brasileiro?”

Dilma respondeu que a Petrobrás “hoje é a maior empresa da América Latina. Passou do seu governo de 15 bilhões no governo do PSDB para 110 bilhões. Descobrimos o pré-sal. Levamos 31 anos para produzir 500 mil barris dia. Em 2018 o Brasil se transformará em um grande exportador de petróleo”, afirmou.

Aécio continuou lembrando os escândalos envolvendo a empresa. “É realmente uma leviandade a forma que a Petrobras vem sendo administrada. É a Polícia Federal que diz. Um As denúncias que aí estão são extremamente graves e a senhora não pode se esquivar de respondê-las”.

Dilma respondeu dizendo ser uma leviandade tratar o assunto dessa forma. “Quem investiga é um órgão do governo que antes não tinha essa autoridade, a Polícia Federal, que investiga todos, doa a quem doer. Nós nunca escondemos debaixo do tapete os crimes de corrupção, nunca tivemos uma relação com o PGR que chamemos de Engavetador Geral da República.”

Luciana Genro questionou as alianças de marina Silva. “É isso que você chama de nova política? Implementar a política econômica do PSDB?”

A candidata do PSB respondeu. “Não considero que as conquistas dos últimos 20 anos possam ser fulanizadas. Elas devem ser assimiladas pela sociedade. A duras penas conseguimos a estabilidade econômica”, disse. “Faremos um governo que a sociedade possa se sentir segura, vamos governar com os melhores, da iniciativa privada, do setor público, academia e empreendedorismo social. Esse é meu compromisso, eu não tenho preconceito com qualquer pessoa ou qualquer partido”, garantiu.

Para Genro, “é preciso fazer é contrariar os interesses do grande capital. Sem isso, vai repetir a política do FHC, do Lula e da Dilma.”

Neste bloco, o pastor Everaldo afirmou que usará todo o potencial hidrelétrico do país. “Mas isso só será possível a hora que nós praticarmos o livre mercado e a livre concorrência, trazendo a iniciativa privada para esse setor que está amarrado. Essa semana foi publicado aumento de 30 e tantos % na conta de luz do brasileiro. Vamos trazer pra energia como foi feito com os telefones. Nós somos um país com um potencial de produzir energia para proporcionar o crescimento do país. Vou passar tudo para iniciativa privada e o governo só cuidará da saúde e educação.”

QUINTO BLOCO

Os jornalistas voltaram a sabatinar os candidatos no quinto bloco do debate promovido pela Band.

A primeira pergunta, para Aécio Neves, questionou os conselhos de participação social e da proposta da realização de plebiscitos pela candidata Dilma. “Como que o senhor candidato vê a movimentação dessas peças no cenário político?”

“Enorme preocupação”, disse o candidato tucano. “A participação popular é importante. Mas na formatação que busca trazer o PT, é algo que avilta um poder que deve ser independente e soberano, que foi eleito pela sociedade brasileiro. A liberdade de imprensa é um pressuposto definitivo. A nossa preocupação com esse decreto nos preocupa imensamente”.

“A melhor coisa para se resolver os problemas é reconhecer que o problema existe. O Mais Médicos é, sem sombra de dúvida, um programa paliativo”, comentou Marina Silva após Dilma responder sobre o programa.

“Nós temos hoje, dentro do Mais Médicos, um programa de formação, até 2017 mais de 12 mil residentes, para suprir os médicos cubanos. O programa não é paliativo. Não poderíamos esperar formar médicos para atender a população carente”, defendeu a petista.

Sobre programas assistencialistas, Aécio disse que o Poupança Jovem “é uma alternativa nova, na direção oposta do assistencialismo. Permite que o governo deposite uma poupança ao jovem, para competir com o tráfico e com o crime”.

Já o pastor Everaldo garantiu: “Vou fazer a maior revolução em programa social nesse pais. Vou proporcionar a isenção do IR para quem ganha até 5 mil reais por mês. O dinheiro vai ficar no seu bolso, para o cidadão gastar como quiser. Essa vai ser a minha revolução social”

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Marina lembrou a perda de Eduardo Campos. “Temos um programa que foi debatido com a sociedade que engloba todos os temas, saúde, segurança, educação, energia, um plano de governo que faça com que esse país volte a crescer. Esse era meu compromisso com Eduardo Campos”.

Dilma afirmou que foi eleita para avançar mais o legado deixado pelo ex-presidente Lula e preparar o Brasil para um novo ciclo de crescimento. “A educação vai ter um papel essencial nesse projeto. Vamos crescer o Pronatec, que é um grande programa dessa área. Eu e o vice, Temer, acreditamos no Brasil”.

Aécio questionou não saber qual rumo Marina e Dilma querem levar o país. “São propostas muito parecidas. Para que possamos crescer é preciso ter uma política econômica diferente que tem inflação alta e crescimento baixo”, destacou. “Se eleito, vou nomear Armínio Fraga para o Ministério da Fazenda, que nos ajudará a construir um ciclo de desenvolvimento sustentável no Brasil”.

“Eles fingem que estão ouvindo os protestos de junho, mas vão defender os interesses do capital financeiro”, disse a candidata Luciana Genro sobre Dilma, Marina e Aécio. “Nós vamos pagar um salário mínimo justo ao nosso povo, acabar com o fator previdenciário e fazer uma nova política de verdade, deixando de alimentar os interesses que perpetuam, seja com Aécio, seja com Marina, seja com Dilma”.

“O Brasil está quebrado. Ou modificamos isso, ou o povo vai continuar acreditando em Papai Noel. Saio daqui com a consciência tranquila de que esse recado foi dado. Precisamos de uma auditoria para nos livrarmos dessa política bancária e financeira”, disse Levy Fidelix.

Já o candidato Eduardo Jorge pediu “Nos deem força e elejam os parlamentares do PV”.

“Sou contra o aborto. Sou contra a legalização das drogas. Sou a favor da família assim como está na constituição brasileira. Aqui o casamento é entre homem e mulher. Defendo a iniciativa privada. Defendo a redução da maioridade penal. Não vou decepcionar o Brasil”, encerrou o pastor Everaldo, candidato do PSC.

(DOL com informações da Folha e portal Band)

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