Templo de Salomão é inaugurado em São Paulo

Com a presença de autoridades, como a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a Igreja Universal do Reino de Deus inaugurou na noite de ontem sua nova sede em São Paulo, batizada de Templo de Salomão.

Trata-se de uma enorme edificação, no Brás, região central da capital paulista, capaz de abrigar até 10 mil pessoas sentadas. Segundo a igreja, o templo custou R$ 680 milhões.

A cerimônia serviu como uma demonstração de poder do bispo e empresário Edir Macedo, fundador e principal líder da igreja e dono da TV Record, que sentou ao lado da presidente Dilma.

Entre os presentes também estavam o vice-presidente Michel Temer, os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), os ministros do STF Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello, o prefeito Fernando Haddad e o ex-prefeito Gilberto Kassab, entre outros.

O evento mobilizou centenas de seguranças e fiéis, batizados de “sentinelas” e treinados pela própria Universal. Horas antes do início, eles controlavam a circulação de pedestres no entorno do prédio (leia texto ao lado).

Enquanto equipamentos projetavam imagens do culto na parede frontal do templo, pedestres e moradores da região reclamavam por não poderem atravessar a rua ou acessar as calçadas de ruas que circundam o prédio.

A cerimônia começou com uma espécie de procissão na avenida Celso Garcia, com fieis carregando uma réplica da arca da aliança --onde foram guardados os dez mandamentos, conforme a Bíblia.

Na sequência, um pastor da Universal usou o púlpito interno para abrir a cerimônia, com uma pregação contra o uso de drogas. Disse ser um ex-viciado e que só a fé é capaz de curar o vício. Na frente de Dilma, defendeu investimentos públicos em centros de tratamento para dependentes químicos.

O Templo de Salomão - a casa de Deus, no judaísmo - tem 74 mil metros quadrados de área construída (3,2 vezes maior a Basílica de Aparecida), o equivalente a 18 andares de altura e capacidade para 10 mil pessoas.

Ocupando um quarteirão inteiro, o prédio é tratado como local sagrado pela Universal. Tem adornos e regras de comportamento interno inexistentes nos outros cerca de 6.000 endereços da denominação no Brasil. Para atrair fiéis de outras igrejas, a Universal decidiu não colocar sua inscrição na fachada. Também criou um memorial com a história do templo original de Salomão, destruído no ano 586 a.C., e a própria trajetória.

(Folhapress)