Centenas de membros da Força Jovem Universal - entidade da Igreja Universal que promove atividades culturais para jovens - foram dispostos nos arredores do Templo de Salomão na noite desta quinta-feira (31) para dar "segurança", "orientação" e "informação" aos transeuntes, curiosos e fiéis que passam pelo local.
Uniformizados e dispostos ao longo das calçadas nos arredores do templo, eles foram orientados a não informar a razão de estarem no local. Questionados, dizem que vieram "prestigiar" o templo e que fazem apenas "uma corrente de oração".
Na prática, eles impedem a entrada de não-convidados no templo, ajudam a ordenar a passagem de pedestres e até organizam o tráfego de pessoas no local.
O Templo de Salomão, localizado no Brás, zona leste de São Paulo, é inaugurado na noite desta quinta (31), em cerimônia para convidados com presença da presidente Dilma Rousseff e do governador Geraldo Alckmin. Um grupo de ativistas LGBT marcou protesto para a tarde desta quinta, mas não compareceu ao local. Segundo a PM, não houve registros de tumultos até as 19h desta quinta.
OBRA MILIONÁRIA
Obra milionária do bispo Edir Macedo, o Templo de Salomão, é a maior construção religiosa do país. Com 100 mil metros quadrados, é quatro vezes maior que o Santuário Nacional de Aparecida. A obra custou R$ 680 milhões, segundo a Universal.
As regras de entrada no templo são rígidas: não é possível levar celular, câmera ou qualquer aparelho que capte imagens do local. Camisetas com mensagens políticas, bermudas, chinelos, bonés e óculos escuros também são outros itens proibidos.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o templo foi construído com um alvará de reforma fazendo com que a Igreja Universal evitasse o pagamento de contrapartidas ao município. O Ministério Público de São Paulo está investigando a denúncia.
(DOL com informações da Folhapress)
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