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Moradores fazem aniversário para filhos de Claudia

Ao completar sete dias sem a mãe, os filhos gêmeos de Claudia Silva Ferreira ganharam hoje (23) uma festa de aniversário. No alto da comunidade Congonha, em Madureira, voluntários e moradores organizaram a comemoração na praça batizada com o apelido de Cl

Ao completar sete dias sem a mãe, os filhos gêmeos de Claudia Silva Ferreira ganharam hoje (23) uma festa de aniversário. No alto da comunidade Congonha, em Madureira, voluntários e moradores organizaram a comemoração na praça batizada com o apelido de Claudia, Cacau. A auxiliar de serviços gerais morreu depois de ter sido baleada durante operação policial no morro, quando saia para comprar pão. A vítima chegou a ser socorrida e colocada no camburão de viatura da polícia, de onde caiu e foi arrastada no chão por cerca de 300 metros.

O aniversário de dois dos oito filhos de Claudia, sendo quatro adotados, foi organizado com a ajuda da vizinhança e de voluntários. A comemoração teve doces, salgados, refrigerantes e presentes para garotada. "Ela [Claudia] já queria fazer a festa. Todo mundo se reuniu para realizar essa vontade”, disse um dos filhos, Angelo Gabriel Ferreira, de 14 anos.

Durante a festa, o marido de Claudia, Alexandre Fernandes da Silva, cobrou que o episódio mude a cultura da Polícia Militar. “Sei que o que ocorreu comigo já aconteceu em várias comunidades, mas não dessa proporção, então, creio que o governador [Sérgio Cabral], que o secretário de Segurança [José Mariano Beltrame] olhem para cá”. A família quer que os envolvidos na morte sejam condenados e cobrará reparação por Claudia ter sido arrastada pela viatura policial. As cenas foram gravadas por um cinegrafista amador.

“Vamos em busca de todas as formas legais para que os culpados paguem. Aguardamos que se faça justiça”, disse Diego Gomes, amigo da família. “Quem provocou essa atrocidade, em todos os aspectos, desde o tiro, desde colocar no camburão, até arrastar ela na rua”, acrescentou.

Moradores de Congonha aproveitaram o evento também para denunciar ações truculentas da Polícia Militar (PM) na comunidade. Relataram abusos nas revistas, no trato com as mulheres e nas operações. “Eles não têm respeito com morador, xingam, tem que acabar com isso”, disse Marília Regina Ferreira. “O morro tem morador, não é só bandido”, completou. A dona de casa Cláudia Regina contou que crianças ficam em risco. “As operações coincidem com a saída da escola, quando estão no caminho para casa ou brincando na rua”.

Na última semana, os policiais que arrastaram Claudia foram soltos.

Procurada pela reportagem, PM pede que a comunidade denuncie casos de abusos por parte de policiais. As denúncias podem ser feitas para Ouvidoria, pelo telefone 3399-1199, ou para o Disque-Denúncia, 2253-117.

A prefeitura do Rio não se manifestou sobre as reclamações dos moradores até a publicação da reportagem.

(Agência Brasil)

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