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CONTRASSENSO

Bolsonaro quer colocar evangelizador de indígenas na chefia de índios isolados da Funai

O governo Bolsonaro está prestes a nomear um ex-missionário evenagélico para a coordenação de índios isolados da Funai. A decisão, dada como certa nos bastidores do poder, está gerando revolta de boa parte da sociedade brasileira, principalmente por fe

Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro quer colocar evangelizador de indígenas na chefia de índios isolados da Funai camera Reprodução

O governo Bolsonaro está prestes a nomear um ex-missionário evenagélico para a coordenação de índios isolados da Funai. A decisão, dada como certa nos bastidores do poder, está gerando revolta de boa parte da sociedade brasileira, principalmente por ferir o princípio da Funai de não manter contato com indígenas isolados, política seguida à risca há mais de 30 anos.

Ricardo Lopes Dias já foi ligado à Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) e atuava como missionário, evangelizando índios na região da terra indígena Vale do Javari, no Amazonas, uma das maiores terras indígenas demarcadas do país, com mais de 8 milhões de hectares e que concentra o maior número de registros de povos indígenas isolados em todo o mundo. A reportagem entrou em contato com Dias, mas não obteve resposta.

O governo Bolsonaro já deu diversas sinalizações de que não concorda com a política de não contato com os povos isolados e que pretende acessar esses povos indígenas, fazendo com que eles possam vender suas terras de maneira mais fácil. A Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Diretoria de Proteção Territorial da Funai (CGIIRC) é uma das áreas da Funai que mais têm sofrido com a redução de orçamento e trocas de comando pelo governo.

Em outubro do ano passado, o governo retirou do comando da área o agente indigenista da Funai Bruno Pereira, um dos principais especialistas do órgão e que vinha liderando, nos últimos anos, todas as iniciativas de proteção a esses povos. Indigenistas e ex-coordenadores-gerais da divisão divulgaram uma carta aberta para criticar a exoneração do servidor.

A Funai reconhece 26 grupos considerados isolados, grupos indígenas com ausências de relações permanentes com as sociedades nacionais ou com pouca frequência de interação, seja com não-índio ou outros povos indígenas.

Há ainda 21 grupos de recente contato, que mantêm relações de contato permanente ou intermitente com segmentos da sociedade nacional e que, independentemente do tempo de contato, apresentam singularidades em sua relação com a sociedade nacional e autonomia.

Hoje, há ao menos 107 registros da presença de índios isolados em toda a Amazônia Legal, área que abrange nove Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos Estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

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