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'É para mostrar as mazelas que estamos vivendo', diz criador de jogo 'Pega o Beco - Belém'

“O jogo teve o efeito viral principalmente por abordar muitos problemas da realidade de Belém, mas tudo sempre com caráter ficcional. É para mostrar as mazelas que estamos vivendo, não moramos no paraíso”. Essa é uma das opiniões de Alberto Pinheiro, 2

“O jogo teve o efeito viral principalmente por abordar muitos problemas da realidade de Belém, mas tudo sempre com caráter ficcional. É para mostrar as mazelas que estamos vivendo, não moramos no paraíso”. Essa é uma das opiniões de Alberto Pinheiro, 29 anos, conhecido como “Nick Santo”, o programador e criador do jogo “Pega o Beco - Belém”, um dos assuntos mais comentados na capital paraense, desde a última segunda-feira (26), e que tem reunido elogios e críticas.

O game foi lançado na última sexta-feira (24) e viralizou na segunda-feira (26), após uma amiga de Alberto gravar um vídeo jogando a aventura dos personagens “Negão da BR” e “Malaco Maniçoba”, e dando muitas risadas pelo enredo e pelos detalhes da capital paraense retratados.

A aventura mostra cenários de lixo nos bairros periféricos, cenas de corpos pelas ruas da cidade, blitze policiais, as obras do BRT e mostra mesmo um famoso bordel da cidade em uma das fases. Tudo no embalo de bregas marcantes.

“Não esperava que daria essa repercussão toda”, diz Alberto em entrevista ao DOL. “Lancei na sexta-feira, mas o efeito viral foi ontem, quando uma amiga minha baixou o jogo e fez um vídeo do tipo ‘game play’ para algumas amigas delas. Mostrando o jogo que tinha descoberto. Ela nem sabia que eu tinha criado aquele jogo”, conta Alberto.

O programador atua há oito anos no ramo e trabalha ainda como desenvolvedor para as plataformas do Google. Ele chegou a lançar dois jogos, em inglês, para tentar alcançar o mercado internacional. De acordo com Alberto, mesmo o segundo game, que teve downloads até na Rússia, não chegou nem perto do sucesso feito por “Pega o Beco” nesses dois dias.

Foram oito meses para criação do jogo, já que Alberto trabalha sozinho na “Pander Games” (embora tenha tido o apoio do amigo Fábio Gentil para 'Pega o Beco'), fazendo a programação, design e mesmo “esculpindo” os personagens, além de trabalhar como Uber e fazer bicos de barman nos finais de semana.

“Tenho que abraçar tudo. A parte da programação, do design. Para ‘esculpir’ os personagens, é como se fosse um artesanato. Tem a parte de editar as músicas, os bregas usados na trilha. Tudo isso leva muito tempo”, comenta o programador.

Acusações de racismo e realidade da violência urbana

Embora aposte no humor e no tom caricatural da capital paraense, Alberto tem experiência suficiente na triste realidade que marca Belém: ele trabalhou como servidor público na área da segurança pública e viu colegas de profissão serem mortos.

“Já passei por muitos problemas. De oito amigos que tinha [servidores da área da segurança pública] só cinco estão vivos. Os agentes de segurança pública estão sendo massacrados. Eu precisava criticar isso. O jogo teve o efeito viral principalmente por abordar muitos problemas da realidade de Belém, mas tudo sempre com caráter ficcional”, explica o programador.

Alberto também afirma que estava ciente sobre as polêmicas que poderiam ser criadas em torno dos personagens “Negão da BR” e “Malaco Maniçoba”.

“Eu já esperava [essa repercussão] e sabia que ia mexer com opiniões. Mas fiz tudo com respaldo. Não teve racismo. Não fiz ligação entre uma cor e uma raça, acho que seria se tivesse mencionado algo tipo ‘preto da BR’. Eu pesquisei para garantir se não haveria algum problema. Também não estou usando a imagem de ninguém e nem o nome de ninguém. Os personagens são todos fictícios”, diz Alberto.

Até esta terça-feira (27), o jogo teve mais de 10 mil downloads e avaliação de 4,8 (de 5) no Google Play.

Quem quiser conhecer ainda mais sobre o jogo, pode conferir a entrevista exclusiva com o programador no DOL Games, que vai ao ar próxima sexta-feira (30).

(DOL)

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