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MÚSICA

Renato Torres e Henry Burnett mostram prévia do álbum que celebra duas décadas de amizade

Em mais de 20 anos de trabalho conjunto, Renato Torres e Henry Burnett influenciaram-se mutuamente através de arranjos, composições, parcerias e inúmeros shows. Para celebrar todos esses momentos, os dois cantores e compositores gravam juntos o álbum “Doi

Em mais de 20 anos de trabalho conjunto, Renato Torres e Henry Burnett influenciaram-se mutuamente através de arranjos, composições, parcerias e inúmeros shows. Para celebrar todos esses momentos, os dois cantores e compositores gravam juntos o álbum “Dois Caminhos”, que terá hoje um show de pré-lançamento, às 21h, na Casa do Fauno.

Quando se conheceram, em 1996, Renato Torres se apresentava com Sonia Nascimento, que fazia sucesso na noite da cidade. Henry, hoje radicado em São José dos Campos (SP), morava ainda na Cidade Nova. “Ele vinha de uma tradição da música popular, mostrou umas canções para mim e o (baixista) Rubens Stanislaw, queria ter um trabalho com uma sonoridade mais urbana, e nos convidou para tocar com ele”, conta Renato.

Foi assim que realizaram o primeiro show juntos e que levou ao primeiro disco oficial de Henry, chamado “Não Para Magoar”, lançado em 2007. “Nesse meio tempo, burilando o disco, fomos compondo material”, lembra Renato. A primeira composição em parceria foi “Descontrolado”, gravada pela banda Clepsidra, de Renato com Maurício Panzera, em 2004; e também por Lia Sophia no álbum “Livre”, em 2005.

A partir de então, vieram várias gravações do que a dupla compunha. “No Mundo” foi gravada por Joelma Kláudia no álbum “Dias Assim” (2008); “Samba Sobre Nada” registrada por Gláfira no disco “Jardim das Flores” (2012) e pela Clepsidra no álbum “Independente” (2015). Mas já em 2006, eles tinham um volume razoável de canções e pensaram registrá-las em um disco.

“Na época, eu tinha equipamento em casa, mas era simples, não progrediu muito. A gente pensava num show com o Ronaldo Silva, parceiro nosso, para este mês, mas é difícil contar com ele nesse período por conta da agenda intensa que ele tem com o Arraial do Pavulagem em junho. E então a gente lembrou desse projeto, que já tinha o nome de ‘Dois Caminhos’”, conta Renato.

A retomada e realização concreta do álbum só foi possível, quase dez anos depois, muito em decorrência do acesso que os dois têm hoje à tecnologia, em seus home studios. “A gente foi gravando, eu em Belém e ele em São Paulo. Pela internet, WhatsApp, foi dialogando”, explica Renato.

Desde o início, a intenção foi fazer “um disco de compositores”, que privilegia as canções, apresentando-as no formato de guitarras e violões. “Esse disco não tem a pretensão técnica da perfeição, da limpeza, dessas edições infinitas sobre o trabalho. Ele tem uma naturalidade que considero essencial, que tem a ver com o encontro das guitarras, dos violões, como estivéssemos juntos tocando na sala. A gente fez a opção de editar o mínimo possível o material gravado, deixar o mais próximo possível de como as composições foram pensadas e gravadas”, explica Henry.

Obras que se interligam

Henry Burnett destaca que a guitarra entrou há pouco tempo na vida dele e que “Dois Caminhos”, em parceria com Renato Torres, que é guitarrista, é o primeiro disco em que assume o instrumento. “A gente inverteu um pouco os papéis e acho que isso deu uma identidade única”, comenta.

Com o disco ainda em gravação, o show de hoje na Casa do Fauno não será de lançamento oficial, avisa Renato, mas uma boa oportunidade de conhecer um pedacinho desse processo.

O repertório terá canções da carreira de ambos, mas principalmente as do álbum por vir. Algumas músicas são antigas e totalmente inéditas, outras bem recentes, como “Flor Madeira”, parceria deles com Ronaldo Silva, nunca gravada nem tocada em público. “Tanto eu como o Burnett, já tínhamos tocado essas canções. Mas esse é o primeiro show que reúne todas”, diz Renato.

Henry considera que a colaboração entre os dois é tão multifacetada que é difícil dizer apenas um ponto de intersecção na identidade musical deles. Um exemplo, ele conta, está em “Não Para Magoar”. “O contato com o Renato foi às vésperas da gravação desse disco, que se definiu em grande parte por essa relação com ele. A entrada dos arranjos, da concepção musical dele, influenciou completamente o disco”, reflete.

Renato, por sua vez, diz que essa convivência gerou reciprocidade, e que muitas vezes ele se vê fazendo coisas muito próximas da sonoridade de Henry. “O outro CD (“Belém Incidental”, 2017) também tem a marca determinante da concepção musical do Renato. Quando não quero que um trabalho soe parecido, fujo dele (risos). O disco que fui gravar na Argentina (“Interior”, 2007), foi um que eu fiz à revelia da influência dele e agora a gente volta a se encontrar”, conta Henry Burnett.

“[o show] É um momento de celebração mesmo. À amizade e as diferenças, ao amor pela música, devoção pela composição, às trocas. Estar juntos no palco é algo muito familiar, que aconteceu muitas vezes nos últimos 20 anos. Das vezes que toquei em Belém, não consigo lembrar alguma em que o Renato não estivesse comigo no palco. E, no entanto, pela primeira vez, seremos só nós dois no palco. Esse é um momento muito simbólico para nós. (a palavra) ‘Celebração’ resume o ‘Dois Caminhos’”, diz Henry.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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